sexta-feira, 27 de maio de 2011

Nós depois de nossos ancestrais.

Fim de semana desses estive no vale do Ribeira aqui próximo de São Paulo e onde esta localizada a famosa caverna do diabo. É um lugar ainda que podemos encontrar  matas nativas, aves e a  nítida impressão de que, fosse quem fosse os nossos ancestrais, esses caras eram muito bom. Verdadeiros seres capazes de superar todas as adversidade da natureza e sobreviver a tudo o que  lhes impunha. Reclamamos das cidades e do dia a dia corrido. Mas a verdade é que temos comida na geladeira, fogo no fogão. Proteção que as paredes e os telhados nos dão. Podemos conversar com o mundo todo, tomar banho regularmente e dormir em camas confortáveis e limpas sem o medo de que algum tigre-dente-de-sabre ou urso gigantesco nos devore. Na verdade por mais simples que seja uma casa, ela tem mais conforto e nos da mais conforto do que os palácios dos antigos faraós. Claro que temos nossas dificuldades, doenças novas e o nosso maior inimigo é o nosso próximo, um igual a nós. E é o que temos que apreender agora nessa etapa da evolução a superar. Sobreviver a nós próprios. Mas vamos lá.  Quem sabe no futuro alguém escreva sobre nós e  nos compare com seu momento, dizendo que  o maior desafio deles, o maior inimigo não é mais outro ser humano ou  algum ser da natureza selvagem desse planeta, mas talvez  uma viagem interplanetária. Queira Deus, que sim!

Saudades.

Há momentos na vida que sentimos uma saudade do que não vivemos.

Quando entrei no shopping  para comprar um presente para um amigo , dei de cara , corpo e um sorriso lindo, com um passado que de tão distante eu nem mais me lembrava.
Ela me sorriu.
- Hélio. Hélinho! - Ela me disse tão feliz ao me ver que me contaminou.
- Apereira! - Eu disse de imediato.
- Não me chame assim. Meu nome é Juliana.
- Claro! É que Apereira ficou forte marcante.
- Entendo! Como vai!

Apereira. Esse não era o seu nome, Pereira era o seu sobrenome. Mas na escola todos a chamavamos de Apereira, para simplesmente humilha-lá. Todos fazíamos isso.O que hoje todos dizem como Bulling. Na verdade, o que queríamos era distância de Apereira. Porque algumas de suas colegas, haviam estabelecido que Juliana, Apereira fosse posta na geladeira. Estávamos no ensino básico e esse tipo de discrimação era bastante comum.

Bem, na epóca os meninos queriam ficar com as meninas mais legais. Apereira, não era  bonita. Era magra, mais alta que todos e  por isso preferimos ficar com as demais. Até que um dia, tive que pedir ajudar a  Juliana, ou Apereira. Se tratava de um trabalho de história o que era o meu fraco. E Apereira foi até a minha casa e começamos a estudar juntos. E eu tolo que era, fiquei com medo de que algum amigo viesse a saber de que Apereira esteve em casa me ajudando a estudar história.

Mas eu precisava muito, e  ficamos estudando o dia todo. E num dado momento me vi  tomado por Apereira dando atenção para a minha necessidade e com vontade e carinho que se dedicava. E com o seu ensinamento pratico e direto eu ia digerindo aqueles fatos históricos. Então, assim que acabamos aquela matéria, ela se virou e perguntou para mim com todo o interesse que pode me dar e que me cativou.
- Você entendeu! Tem alguma dúvida ainda!
Eu disse que tinha entendido tudo. Ela sorriu e disse que já ia embora. Eu então falei para ela ficar e se queria um pedaço de bolo e refrigerante. Ela disse que sim, e estranhamente eu fiquei feliz e bastante contente por ela ter aceitado. A minha mãe trouxe o bolo e ficamos comendo  e falando de  varias coisas . Apereira era toda atenção e gentilezas. Agradou a minha mãe e a mim também.

Daquele dia em diante eu passei a respeitar mais Apereira. E na escola aos poucos fui quebrando a vergonha de estar ao seu lado e conversar com ela. Eu sei que parece coisa de idiota, tolo. Mas aconteceu. E Apereira, simplesmente me mostrou pela primeira vez nessa vida o que é um preconceito armado contra uma pessoa  e com toda a sua atenção para me ensinar marcou para sempre a minha vida, mostrando o quanto podemos se melhor do que a merda de imagem que alguém tem de nós.

Por isso senti saudade dela, quando a vi no shopping. Ela estava linda, gostosa e simpática como sempre. E sinceramente me deu vontade de ficar mais tempo com ela, matando a saudades da Apereira que conheci naquela tarde em que mostrou a sua dedicação simples e verdadeira, mas grande, e que imprimiu em minha vivência, em minha alma e que levarei para sempre.

sábado, 21 de maio de 2011

Ah!

" Ando cansado de ver as pessoas mastigarem o amargo e o imbecil 
e engolem só porque alguns dizem  ser bom.
Quanta idiotice não experimentamos, quanto amargura  nos lembramos.
Quero um sabor novo, ou sabor antigo de que é bom e dura até hoje.
Um sabor que me faça sentir o prazer de mastigar algo que me alimente e não me envergonhe.Me de prazer, o prazer de  sentir e poder compartilhar.
Idiotice são velhos sabores descartáveis, como a amargura."
Ulisses Sebrian.

Coração entediado. Coração entediado!

Lauruana  tinha um coração entediado, que nunca se satisfazia com os seus namoros. Os homens sempre com suas conversinhas típicas de homens não duravam mais que alguns dias em sua vida. Lauruana se cansava rapidinho deles e novamente buscava outros homens, outros namoros. A caça desses homens era mais prazeroso do que te-los. Entrava em uma boate, e mirava o seu olhar para o mais interessante., insistia em seu olhar e pronto lá vinha a sua presa aproximava-se oferecia uma bebida e trocavam telefones e marcavam encontros e se beijavam a primeira vez. E depois na primeira noite e alguns encontros depois começavam a namorar. Para Lauruana  não bastava e duas semanas depois  ou após a primeira transa, desistia do namoro, dava um pé na bunda. E pronto passava para outra caça. Até que um dia meio chateada por todas as amigas terem namorados fixos e ela sempre aparecendo com um novo, o que causava estranheza em algumas amigas. Se tratava até mesmo de um perigo, porque se Lauruana tinha tantos namorados e desfazia deles assim tão fácil, também poderia pegar os seus namorados!
E foi assim que um dia não querendo sair de casa,  a sua mãe recebeu a visita de tia que há tempos não as visitava. Helena tinha já os seus 76 anos, viúva e mãe de quatro filhos e avó de três netos, percebeu que Lauruana estava em casa entediada, bufando algumas  lamentações.
Helena aproveitou que a mãe de Lauruana foi fazer um cafezinho e perguntou o que estava acontecendo.
-Não quero me meter em sua vida mas você me parece tão tristinha!
Lauruana não resistiu, aquela situação que apertava demais o seu coração.
- E estou mesmo. É que não me consigo me acerta com cara algum.
- Como assim!
- Eu estou toda semana começando e terminado um namoro. Não aguento mais.
- Mas são eles o problema.
- Não sei! Eu saio, encontro um  trocamos telefone, conversamos e até ai  a coisa é boa. Mas depois que começamos a namorar fica chato, insuportável e eu quero sair e encontra outro.
-Ora, você não encontrou o cara certo. 
- Mas tá me cansando começar e terminar namoro assim. As minhas amigas estão me evitando.
- Olha só Lauruana, temos a péssima mania de achar que o que é bom para o outro e bom para nós também.Você já parou para pensar que talvez ficar sozinha seja um boa.
- Eu já! Mas não consigo ficar sozinha.
- Ah! Então você precisa de um homem novo sempre.
- Acho que sim, eu sei que é errado...
- Não seja tola! Você é igual a mim! 
- Mas a senhora não foi casada com um homem só?
- Sim. Mas não me satisfazia Eu saia sempre  discretamente, a procura de outros. Nunca deixei o meu lar nem as minhas obrigações, mas como vocês dizem caçar homens interessantes era o meu esporte preferido. Sempre tive casos e casos, mas nunca mais que casos. Você entendeu.
Chocada a principio, Lauruana sentiu esperanças.
- Então, se a caçada é que te satisfaz. Vais nessa. Cuide-se no entanto. E machucar faz parte.
Lauruana pensou no assunto.

MAR PORTUGUÊS

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!


Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas ele é que espelhou o céu.

Fernando Pessoa

Somente um Gênio como Fernando Pessoa é capaz de entender a própria dor e a dor de Seu Povo como o honrado povo português.

O Passado.

"O passado é lição para se meditar, não para reproduzir"
Mario de Andrade

Ideia

Desistir de uma ideia é assinar uma contrato com o fracasso. Foi o que me ensinou um grande amigo, 58 anos mais velho de que eu quando eu ainda tinha 18 anos. E desde então, eu tenho dado ouvido as pessoas mais velhas. Pelo simples fato de que todo ser mais velho quando quer, e digo quando quer, apreende com a vida as lições que esta nos dispõe. E percebo que se trata de algo natural em nós. Sim porque as crianças sempre nos vem perguntar algo que acabam de descobri, alguma palavra nova, algum bicho ou noticia que viram na tv, Ops!, agora na internete. E elas vem com a sede de que sabemos e daremos a resposta correta. Uma intuição, um instinto. Sim, se somos seres sociais é claro que o outro é alguém que podemos contar. E mesmo quando o jovem em sua fase de achar que é dono do mundo se faz de conhecedor de tudo e sabe que é dono de seu caminho, mesmo assim ele ainda vem em busca de respostas com os mais velhos. E assim mesmo aos dias de hoje quando a comunicação entre um ser e outro sem a internete e suas redes sociais, nos dão a impressão de estarem em via de acabar, basta todos abrirem um tempo para a conversar entre as gerações. E se é conversando que se entende  e se apreende porque não trocar ideias e ponto de vista. E que certamente enriquecera mais e mais as nossas vidas, esteja você com 18 anos ou 78 anos.
Quanto a frase, de desistir de um ideia é assinar um contrato com o fracasso,ecoou em mim por anos. E o que apreendi e que se pode desistir de uma ideia sim se essa ideia te prejudicar e a outros, e se você ter avaliado e ver que não iria dar certo mesmo por uma série de razões e circunstanciais. É preciso avaliar sempre uma ideia até transformar em um projeto e buscar realizar. Ai então podemos dizer que desistir de uma ideia boa por medo ou não botar fé em si próprio e assinar um contrato com o fracasso. Eu venho por ano divulgando essa ideia.
Por Ulisses Sebrian

Pense!

" Toda Canção de liberdade vem do cárcere"
Mário de Andrade em seu prefácio do livro Paulicea Desvairada, citando Gorch Fock.


" e esse cárcere, pode ser uma prisão oficial de algum governo fascista, de um sistema público ou de vários conceitos sociais, que nos prende a alma. Nos  prende os sentimentos e o sentir, o desejo e os sonhos."

Poeminha do contra

" Todos esses que ai estão 
Atravancando o meu caminho
Eles passarão
Eu passarinho"
Poema do Grande Mário Quintana.
Obrigado Mário por ter existido.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Grandiosidade ou grandeza?

Acredito nas duas designações! É que nos dias de hoje! Não, não. Não vou usar de hipocrisia e dizer que antes, no passado a coisa era melhor. Na verdade nunca foi. Basta olhar para o passado e ver quanto  de discriminação e massacres acumulamos. E para dizer a verdade hoje nos espantamos mais e agimos mais. Salvo alguns poucos idiotas que se acham mais que o outro, estamos nos dando melhor como pessoas. Nos relacionando inclusive com outros seres.  Mas enfim o que conto a seguir me aconteceu há alguns anos  justamente quando eu passava por uma crise, um stress profissional e pessoal. 
Eu estava com uma divida alta, sem carro,  sem aumento salarial, e como a todos sofrendo pressão da empresa para atingir a meta estabelecida. O país passava por uma crise econômica o que dificultava  atingir a meta. Além do mais, em casa o meu pai começou a me cobrar para ajudar a pagar as contas. E sempre discutimos e discutir com pais é levar no fígado porque simplesmente a gente leva  aquela discussão para todo canto. E para piorar fazia seis meses que eu não estava namorando. Bem diante de toda essa pressão, eu comecei a ficar mal humorado, amargo as vezes. E quando estamos assim, apreendi naquela ocasião, sempre esquecemos de olhar o outro ao nosso lado. É como se somente o nosso problema existe, somente nós somos a vitima do mundo e o resto que se dane. Assim sendo então, passei a tratar com desdém alguns amigos. Amigos que vinha falar de seus problemas e eu  os deixava falando sozinho. Ou aquele cara que acabou de entrar na empresa e veio puxar papo com você e você simplesmente ignora. Não dava nem bom dia para o ascensorista e muito menos para os faxineiros. A comida perdeu o sabor e eu sempre reclamava. Cheguei a tomar o acento preferencial no metro e louco para que alguém viesse falar algo.Eu estava louco para brigar, bater em alguém jogar  a culpa de todos os meus problemas em alguém.  A minha divida, as minhas discussões com o meu pai e a falta de namorada era o que mais importante existia no mundo. 
 E foi num dia mal assim , um dia ruim mesmo que eu ao tomar o metro para voltar para a casa, resolvi descer numa estação mais longe possível e caminhar um pouco. Então num  viaduto onde carros apressados passavam constantemente, havia uma escada em caracol que levava para uma avenida mais tranqüila. E ao descer essa escada encontrei um casal de mendigos que sentados a um dos degraus dividiam uma marmita. Quem sabe é Deus como conseguiam comprar essa marmita. E como havia somente um garfo de plástico eu o vi colocando comida na boca dela e depois se alimentava.Ele dava esse carinho a ela, e certamente ela faria o mesmo. Encontrei ali uma forma de compartilhar as coisas numa situação muito difícil e de penúria. E fiquei chocado, e pensei em voltar para não atrapalha-los quando me olharam e abriram espaço para eu descer, eu agradeci e então ouvi o mendigo me dizer.
- Servido! - estendeu a marmita me oferecendo.
Eu fiquei emocionado e agradeci. E com toda a vergonha do mundo segui meu caminho. Era incrível o que aquele casal de mendigo conseguiu comigo. Eles simplesmente tinham apenas uma marmita dividindo entre eles e mesmo assim tiveram a grandeza a gentileza de me oferecerem. Eu, um burguês bem vestido e com banho tomado que faz todas as refeições e pode viajar e tem plano de saúde e principalmente não mendiga para sobreviver, era incapaz de dividir uma refeição com quem quer que seja. Nem mesmo ouvir o problema do outro. E que nessa vida, nunca havia comido uma marmita. Sentei-me a um banco e comecei a chorar de arrependimento e de vergonha. 
A minha divida com o banco, era por causa do meu carro que acabei não pagando e bati depois de uma noite de bebedeira. Havia me separado da minha namorada porque eu queria aproveitar mais com os amigos. E não dava dinheiro para o meu pai em casa porque eu gastava, gastava... Ao entender a vida daquele casal de mendigos e sua compreensão de  que somente com o outro e dividindo o que tinham  sobreviveriam e a gentileza de dividir o pouco que tinham os faziam menos sofrido de tido o  que já  sofriam.
Altas horas da noite voltei para a  casa. E decidi vender o meu carro, pagar as dividas, e conversar com o meu pai. 
No mês seguinte eu  dei parte do meu pagamento para o meu pai, ia e vinha todos os dias de metro sem me importar com isso e incrívelmente passei a ser o cara mais requisitado da empresa, porque passei a cumprimentar a todos, ouvir amigos e amigas, que ficaram mais amigos. Ser simpático sem ser falso, me fez pegar da vida o que de melhor ela tem que é viver com o outro e todas as coisas. Problemas! Quem não os tens, mas não fiz mais de minha vida uma vida de problemas. Aqueles mendigos me ensinaram essa Grandiosidade ao me oferecerem uma simples marmita que dividiam. Eu, tentei procurara-los mas não encontrei. Mas passei a compartilhar aquela ato de generosidade e Grandiosidade com todos. 
Vamos, experimente dividir o que você  tem de melhor com o outro, ou um simples bom dia e um sorriso para todos sem excessão. Não, não é auto ajuda é grandeza ou Grandiosidade.

domingo, 15 de maio de 2011

O grande Fernando Sabino.

" No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim"
Essa frase do Grande Fernando Sabino, autor de tantas coisas boas entre elas o romance "O homem nú" me deu direção num momento em minha vida, assim com tantos grandes escritores. Afinal Deus os criou para nos dar tamanho.

Mais um trecho


Mais um trecho do meu romance Um barco rumo ao Caribe, disponível no site. Agbook e Clube dos autores. Boa Leitura.

Ary aproximou-se sorrindo prazerosamente. Marcos estava sentado algemado imóvel, impotente e inútil. Terrivelmente inútil como nunca se sentiu em sua vida. Talvez a morte não fosse tão ruim. E certamente o inferno ou o que mais a mente humana e capaz de criar em sua busca pela divindade fosse tão insuportável como se sentir inútil, impotente. E em sua destreza Marcos percebeu que aqueles homens não  o queriam ali preso apenas  e por tudo o que fizera, pela droga que certamente já sabiam onde estavam ou por algumas mortes que não poderiam provar. Queriam algo mais  e isto estava claro quando Ary aproximou-se.
-         Passara seus dias em prisão de segurança máxima.
-         E existe isso!
-         Como um peixe ficara fora d’água.
-         Não me importo.
-         Há ainda a sua família. A sua esposa já detemos e os seus filhos.
-         O que farão?
-         Ora podemos fazer muita coisa.
-         Nunca acharam os meus filhos!
-         Você está preso não pode fazer nada. Vamos vascular esse navio...
-         Acha mesmo que eu esconderia os meus filhos aqui.
-         Não me importo. Já tenho você. E pela lei todos os seus bens serão confiscados. A sua família ficara na penumbra.
-         O que você quer? - inisistiu Marco
-         Um acordo. O nome de quem compra essa droga toda. Isso poderá aliviar as coisas para você. Talvez a sua mulher fique solta, os seus filhos em paz.... 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Frases!

" O ÓDIO  É A VINGANÇA DOS COVARDES'
BERNARD SHAW

Uma pausa!

" O ódio  corroí quem odeia e atrapalha a vida de quem é odiado" 
Vale a pena odiar? E da para se livrar de um ódio!
Quando se odeia algo amargo é jogado em nossa alma e parece que afeta todo o corpo como que apodrecendo.  E sempre odiamos a pessoa que de alguma forma nos provocou em algo que não queríamos  ser provocado. Magoado! A mágoa alimenta o ódio e a tristeza.  E para se livrar do ódio é preciso  ter sempre um valor em mente. O valor de que outro é apenas o outro e ele vai fazer de tudo para provocar o ódio em você quando te odiar assim também provocara o amor quando tiver que te amar e mesmo quando se entra nessa amargura do ódio leve em consideração o tamanho do planeta e a quantidade de pessoas, a gente pode ir para outros lugares e  conhecer outras pessoas.Não é preciso compartilhar o ódio do outro. Não é preciso alimentar o ódio do outro. Quando se odeia  e se odeia por muito tempo se morre vitima do próprio ódio. A pessoa que está odiando, está limitando o mundo e todos as suas possibilidades e maravilhas a apenas um sentimento, o ódio. E odiar é negar a sua capacidade de realizar mais e mais o que se tem dentro de si, da alma, dos sentimentos.
Sim é inevitável odiar em muitas situações, mas resolva isso e não deixe que esse ódio passe da primeira dose. 
ODEI  COM  MODERAÇÃO.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Um Barco Rumo ao Caribe, mais um trecho.

Mais um trecho do meu romance. Um barco Rumo ao Caribe. disponível no site. Agbook e Clube dos autores. Boa Leitura

Uma chuvarada que não para. Tem!Tem! Tem! Um tem-tem infinito pinga as goteiras! Umh! E essa secura de mulher. A chuva. Liga o rádio. Ouve qualquer coisa, mesmo uma regravação.  Vanessa Da Mata.  A chuva. Ascende o desejo de possuir um corpo feminino e ele estar ao seu dispor! Pronto lá vai, pensou em quem? Se ela estivesse aqui!  Ah! A sua boca quente na minha engolindo a língua, depois a mão correndo, pegando alisando carinhos vão carinhos vem. A sua coxa lisa. . Pronto... O corpo de Isabela, coladinho ao seu. A chuva insistente. Nada de jura de amor. Uma noite quente como aquela não precisa dessas coisas de compromisso.  (A sua mão acelerou o movimento.) Isabela. Isabela. Isabela. O desejo precisou de um tempo. Respirar. Manoel se limpou antes que alguém visse o que fizera. Não fizera, apenas pensou, desejou. E desejar é um jogo, que não se ganha ou se perde, sempre se joga.  – Nando Reis já cantava agora no lugar de Vanessa da Mata.  A chuva não parou e duas horas da manhã indo para as três...

domingo, 8 de maio de 2011

A aparição de um desejo.

Da mesa onde eu estava eu a via passar  indo para a sala de Rh , linda e sensual. Estava apressada e mesmo assim o seu andar, o seu corpo  mexeu comigo. Aquela foi a primeira vez em que a vi e desde então eu  passei a cultua-la com o mais forte de meus desejos até então desconhecido por mim. Eu a desejava, desejava como se deseja uma Ferrari,a desejava como se deseja o prêmio máximo da mega sena. Era um desejo que não podia evitar, e não sabia até então como evitar.  

Depois daquele dia que a vi pela primeira vez,  vou chama-la de M, começou a trabalhar e mostrar o seu trabalho. E cada vez que a via, meus desejos alimentavam-se. Eu nunca havia sentindo tanto desejo por uma pessoa. Sim, eu  amo a minha mulher, os meus filhos, a minha vida, mas um desejo igual nunca tive. O desejo de ter a seu corpo, a sua boca beijando a minha, a minha mão descobrindo o seu corpo e saciando o prazer de tocar aquele corpo maravilhoso. 

Era um desejo que saia de meu controle, como se um outro ser estivesse em mim, um espírito obsessor houvesse abaixado e me dirigia sempre para ela. Eu me sentia culpado, porque tenho família. E cada vez que eu pensava em M, uma culpa também se apossava de mim. Não era amor, não era paixão. Era um desejo, apenas um desejo de possuir o seu corpo. Eu não queria saber de seus sonhos nem de suas dores como é comum quando se ama uma pessoa. Eu queria saber apenas de seu corpo. Apenas ter aquele corpo em meu poder nem que fosse por um dia, uma noite, uma hora.

Como uma criança que quer tanto um doce, um brinquedo e depois que o têm, pronto não tem mais importância. Volto a repetir eu nunca havia sentido esse desejo por ninguém e nem mesmo por coisas tão intensamente assim.

E foi indo que a coisa começou a ficar séria. Uma vez eu tive um orgasmo em plena sala de trabalho quando a vi passar apresada como sempre e dar uma abaixadinha para pegar uma caneta que caiu. Ver as suas pernas juntas se abaixando e se levantando me deixou louco.Tive ejaculação precoce onde me manchou a calça . Então peguei uma pasta de documentos coloquei enfrente e fui ao banheiro tentar tirar a mancha. Meu Deus! A que ponto cheguei!

Depois pedi uma dispensa alegando não estar passando bem e fiquei dando volta de carro pela cidade até secar e poder ir para a casa e trocar de calça. Daquele dia em diante comecei a ter febres alta, malemolência e dores de cabeça e mal estar. E pensei seriamente em pedir a conta. Mas como pedir as contas! Eu estava ficando louco, louco por um desejo apenas? Pedir as contas?  Se eu tenho família e contas a pagar.

Eu tenho uma  vida! Vida! Então procurei ajuda psicológica e comecei a fazer terapia. Eu não poderia prejudicar aquela mulher, a mim e a minha família por um desejo incontrolável que até então nunca tinha me acontecido. Com a terapia a coisa melhorou e apreendi a resolver esse desejo. Era um desejo reprimido que consegui canalizar como força para conquistar outras coisas. O meu relacionamento com a minha esposa melhorou, com os meus filhos e amigos e principalmente comigo mesmo. Porque apreendi a dar ouvido a mim também. Aquele desejo incontrolável foi uma experiência que me ensinou a ficar atento ao que vai dentro de mim.

Quanto a M, ela trabalha ainda ma mesma empresa, esta cada vez mais bonita e para mim é só isso. Fiquei sabendo que ela é uma boa profissional e que está de casamento marcado. Nunca nem mesmo trocamos mais que um bom dia e boa tarde.  Mas sem saber ela entrou em minha vida para mudar muito em .  


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Ulisses j. F. Sebrian

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sábado, 7 de maio de 2011

Rompendo com o desejo.

Não é fácil conviver com um desejo que te atormente dia e noite. E esse desejo pode se te magoar, ferir e até mesmo tirar as suas esperanças. Não, não estou sendo dramático é uma circunstância da vida em que todos nós iremos experimentar . Seja o desejo por um carro, por uma casa, por uma cargo. O desejo de perder aqueles malditos quilos. O desejo de ter a pessoa que se ama e ele não nos ama. Enfia há desejos para todos. E como lidar quando esse desejo está caminhando para uma obsessão doentia e que pode vir a  causar uma catástrofe em sua vida? 
Eu passei por essa experiência recentemente. E  sós conseguir superar quando impôs em minha vida outros desejos. Não é fácil volto a repetir, é uma luta com o seu eu. Porque o seu eu quer deseja aquela pessoa, quer aquela pessoa e não tem olhos para qualquer outra pessoa. E por isso se sofre dores de solidão e ausência do corpo que você quer, deseja. 
A seguir contarei a minha experiência com o desejo que não pude ter.

Desejos.

Todos nós temos desejos. Desejos de ser reconhecidos; reconhecidos pelos pais, pelos amigos e professores; reconhecidos pelo trabalho e pelo talento. Temos desejos de ter; ter a melhor nota e a melhor roupa o melhor carro e a melhor casa, o melhor emprego e uma vida melhor. Até ai podemos administra tudo. Mas quando desejos uma pessoa, o seu amor, o seu corpo. Ai esse desejo entra por caminhos mais tortuosos e perigosos.
 
E que as vezes não estamos preparados para lidar e a dor é inevitável. Mas também uma dor que nos revela a alma, alimenta a alma e pro louco e doido que possa parecer também nos faz crescer e ser mais forte do que nunca antes imaginamos ser. É verdade que podemos perder a cabeça, podemos até pirar ou  ficar louco. Mas se sobrevivermos a  tudo isso, ai  então saberemos lidar com nossos desejos e principalmente com o desejo pelo outro.
 
Mas enfim como disse um dia o Grande Fernando Pessoa.
" Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A bondade.

" Eu acredito que há pessoas boas por ai, porque a bondade esta em mim também". - Disse-me um homem ontem a tarde quando bateu em minha porta pedindo algo para comer. Ele estava  há dias sem tomar banho, roupas sujas de dormir ao chão, olhos cansados, sorriso força. Ele me disse que a alguns anos mendigava.  Parecia magoado,  de uma magoa profunda que seus olhos não escondia e mesmo assim ainda era capaz de investir e manter o bom senso sobre as  outras coisas da vida.

Eu  o convidei a tomar um banho, comer algo quente e feito na hora e lhe dei  algumas roupas, ele me agradeceu.
" Eu acredito que há pessoas boas por ai porque a bondade está em mim também."
Sei que muitos vão dizer que louco que fui, levar para dentro de sua casa um estranho e ainda mais mendigo.  E aqueles  que vão dizer que fiz isso para mostrar o quanto sou bom.
Tudo bem! Vamos lá!

O que importa é que senti nos olhos daquele homem uma bondade, a mesma bondade que está em mim ou em qualquer outro e que mesmo que  a gente se esqueça dessa bondade nas adversidades e luta do dia, ela está ali uma hora o outra se manifesta. A gente nem percebe e  bondade já se fez, dominou se exerceu. As vezes algo que nem mesmo podemos controlar. Talvez como a raiva! Não sei! 

E no final das contas conversamos sobre tantas coisas e apreendi muito com ele. Filosofar não é para todos, ouvir  sim. Viver então...

domingo, 1 de maio de 2011

Fedro- Platão

Toda forma de delírio é da alma; e é necessário que o homem saiba amar, tendo ciência, ao um tempo de sua alma e da dos outros homens. É importante que se saiba amar apreendendo antes a conhecer a alma de todas as coisas...
Trecho do Livro Fedro  original de Platão.
Fedro e Sócrates estão dialogando nesse texto sobre o que é a alma.
Vale a pena ler.

Amar.

  Amar.   - Meus parabéns. – Ele disse num sorriso sincero, segurando milhões de tonelada de um sentimento que lhe pertencia. - Ah, ob...

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