quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Um dia especial....

Novos vizinhos se mudaram recentemente a duas casas distante da minha. É uma casa que não tem muito espaço e a  garagem  está unida com um pequeno passeio de entrada,  cobertas e expostos por um portão imenso de grade. A casa é pequena e não tem muito espaço  e essa família trouxe um cão ainda novo e crescendo. 

Esse cãozinho fica sempre na garagem dia e noite olhando a todos que passam pela frente da casa e sempre tentando alguma amizade como aquele que pelo menos olha para ele. E eu  passando ali para ir ao super mercado, comecei uma amizade com ele. É um cão inocente em sua tenra idade e que faz amizade fácil. É só passar ali e estalar os dedos que ele vem pula, te lambe e late e faz a festa.

A família não o quer dentro de casa e ali e fica o dia todo, colocaram um cobertor velho que ele já rasgou e parte ele usa como se fosse um fufy, um cobertorzinho que crianças abraçam quando dormem. Esse cachorrinho não tem um ursinho.

Ele está crescendo, e agora apreendeu a latir. Late para tudo, como que conversando com todos que passam, seja o pessoal do gás  ou do correio. Late também para as testemunhas de Jeovás e transeuntes habituais. Eu morro a três casa acima e acostumado com o seu latido dias desse eu estranhei o silêncio. Aquele cãozinho parou de latir. 

A rua continua com o seu movimento e por ser próximo do natal achei que esse silêncio se tratava pelo fato da família ter ido viajar e finalmente levaram o pequeno cão. Curioso passei enfrente da casa e vi o cão lá. 

Ele estava  deitado acuado encima de seu fufy, tristonho como só os cães e as crianças sabem expressar uma tristeza tão desalentadora num olhar que a gente sabe que é verdade. Estalei o dedo, chamei por ele e ele nada. Ficou ali quieto, triste. Então insisti e a porta se abriu rapidamente e  a dona da casa apareceu.  
- Olá, bom dia, eu moro ali naquela casa e passando aqui vi o cãozinho triste. Ele que está sempre alegre latindo e brincando com a gente...
- Ah, eu dei uma surra mele. Onde já se viu. Eu trouxe esses vasos de planta da casa de minha sogra e  foi só eu entrar para atender o telefone e ele cavacou todos os vasos e jogou terra por todos os lados. Esse piso frio é branco ficou preto. Peguei o chinelo e bati até ele saber que não pode mais fazer isso....Né Tupã, vai apanhar de novo se fizer isso.
Ela gritou para ele, olhando e estendendo a mão, ele coitado recuou com medo de apanhar novamente.
Então eu entendi tudo. Aquele cão que até então tinha só encontrado a alegria e o prazer de viver na vida, encontrou  uma atitude de dor e ira e ódio que até então ele não sabia que existia.

E deve ter sido um choque para ele, mais que a dor das chinelada em seu corpo pequeno, era o fato dele saber porque ele tava sofrendo toda aquela dor e a reprovação daquela senhora e sua rejeição, já que ele devia ter aquela senhora como parte de sua vida. Aquele cão não sabia o que era um vaso uma planta, terra no chão.

Para ele tudo era parte da vida, tudo para ser celebrado com as suas patas e focinho e latidos. Aquela senhora não era má, apenas queria aquela área limpa e bonita. E essas coisas acontecem com a gente também, quantas vezes não pensamos que estamos certo agindo errado e nem compreendemos que outro não vê o mundo igual a nós. 
- Mas ele não entende isso.- insisti.
- Chinelada todo mundo intende, sim. - disse ela. 
Bem conversamos sobre outras coisas e depois ela entrou dizendo que tinha que sair.
Eu  pretendia mostrar para Tupã que nem todos são iguais e fui pra casa peguei um bife grande e trouxe pra ele. Ele nem se aproximou, estava magoado mesmo. 

Então eu usei o velho truque de  fingir que tinha algo no colo, como um filhotinho e comecei a imitar, tentando, imitar um cãozinho chorando, desse recém nascidos. Tupã franziu os olhos e levantou as orelhas veio até mim, e ficou cheirando, eu então fiz um cafuné nele, e comecei a acaricia-lo. Passei algum tempo ali, dei o bife que ele comeu e no final da tarde ele já estava latindo novamente.

Agora eu preciso acariciar aquela senhora e ajudar ela não mais usar o chinelo com os cães. Vou comprar algumas plantas  para ela. 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O vice- presidente.

José de Alencar o nosso vice-presidente entrou numa fase ruim com a sua doença. E estranhamente como se cumprindo uma missão,ele que vinha carregando essa doença durante esses oitos anos de mandato do Presidente Lula e sempre ao lado dele, parece está se entregando agora que o mandato está acabando.
José de Alencar certamente entrou para história oficial e clara do Brasil assim como o presidente Lula.
E peço a todos que ler esse Blog que independente de crença, vamos orar e agradecer pela luta desse homem que lutou por esse país e provou a todos que a hombridade a fé o foco num objetivo e que descobriu ser capaz de ir até onde foi e fazer o que fez. Obrigado José Alencar- vice presidente do Brasil, mas Vice com a força de Presidente.

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Amigo, que bom encontrar um amigo.

Como é bom encontrar um amigo que há anos não se vê. É um prazer ver que ele está bem e a gente estando bem  também. Ai então a felicidade é plena.

Reflexões sobre a beleza.

Entender o olhar de uma pessoa sobre a outra é uma missão impossível. Porque o que um vê no outro o outro não vê o mesmo. Isso parece óbvio, mas as vezes parece tão disperso de nossas atitudes. Por isso quando o meu amigo na mesa do bar falou que a sua cunhada não gostava de homem bonito. A principio me pareceu preconceito. Sim preconceito com a beleza : Porque o cara é bonito ou é gay, ou é  galinha ou é chato. Nada contra os gay ou os galinhas e dos chatos eu só quero distância. Mas esse conceito de que a beleza não é confiável, me parece mais uma inveja revestida de preconceito. As vezes pode ser um conceito de gosto. É que somos seres o tempo todo se defendendo do outro e assim criamos conceitos para nos proteger de alguma decepção ou negação.  Ou seja um fora ou um pé na bunda. Somos assim. E também o belo sempre parece alguém distante. Como o feio demais nos parece desprezível. A verdade é  que apenas uma pequena porcentagem da população mundial é o que todos podem  dizer belo. Os demais como nós somos de médio para feio. Mas como somos maioria é mais fácil encontra um igual a nós e enfiar garganta abaixo... aquela historia final de que encontramos a pessoa certa... E tudo bem. A vida é uma escolha constante por isso somos livre. Mas é preciso derrubar os nossos preconceitos  contra as pessoas bonitas e belas, e as feias e muitos feias.  Pré-conceito  é o que de mais feio, barato e desprezivel podemos produzir.

Mulherada ainda...

Ainda na mesma madrugada de calor e prazer e  no mesmo bar um outro amigo disse:
-Eu perguntei se minha mulher me achava bonito!
Todos sorriam...
- Ela disse que não! Que eu era homem e homem não é bonito! Ela jamais se casaria com um homem bonito.
- Mas ela é feia!
- É minha mulher pra mim tá bom.
Então tá.

Férias ....e o velho assunto com os amigos...

Enfim férias! E aqueles dias em que se não faz nada, e até estranhamos com o fato de não fazer nada, já que estamos  acostumados a trabalhar e trabalhar onde o trabalho é o auge de nossa vida social. Mas vamos lá! Férias. E os dias vão se indo como se a segunda feira fosse uma prolongação de sábados e domingos. É aquela coisa de poder ir dormir lá pelas três da madruga assistindo filmes ou conversando com amigos em bares, sem se importar em acordar as seis da manhã no dia seguinte. E sendo assim, ao prolongar a vagabundice do domingo até as três da manhã de uma segunda feira em pleno Dezembro calor e clima gostoso, principalmente com amigos no mesmo perioldo de férias, que numa mesa redonda de uma boteco próximo de casa, cheio de gente como agente, é que inevitavelmente o assunto mulher veio a mesa.
Mulher gostosa, mulher chata, mulher que pega no pé. Até da Dilma alguém falou.
Mas após tantas teorias de boteco sobre a mulherada, um amigo veio com essa.
-A maioria da mulherada não ama...
Ama? Um homem falando de amor! A bebida abre portas que nem sabíamos estar dentro da gente...
E ele insistiu quando todos ficaram com cara de interrogação.
- Mulher não ama, mesmo. Ou se ama ela é que sabe lidar com esse sentimento que a gente não sabe.
-Como é que é?
-É simples. Voceis conhecem alguma mulher que caiu na sarjeta por causa de um homem. Alguma mulher que caiu na bebedeira por causa de um homem? Não, é difícil.E sabem porque!  Porque quando uma mulher ama ela faz de tudo pra ficar com o cara e se não  ficar, ela se vinga, não chora nem bebe nem cai na sarjeta que nem nois. Bando de mela cuecas que chora e se perder por qualquer mulher. Mulher é o bicho mais forte que conheço.
Todos silenciaram-se.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Coisas para se pensar!

Ao ler a história do meu amigo Nana Reis em seu site.- http//:cms.nanareis.webnode.com.br - não fique impressionado nem me espantei, porque algo parecido já me aconteceu. Não com um pato como ele relata em sua história, mas num apartamento que quando me mudei de São Paulo para Campinas, travei contacto com algo sobre natural e ao mesmo tempo modificador. Foi em meados de 8o, mais precisamente em 84 que após um mês  transferido para uma empresa em Campinas e tive que arrumar um apartamento para  morar. Queria um  apartamento por ser mais cómodo e seguro. Mas,  parece que as razões que fogem a nossa razão atuam em nossas vidas, as vezes. Eu acabei encontrando um  apartamento pequeno num edifício no centro da cidade de apenas 4 andares sem elevador e dois apartamento por andar. Era na verdade um local bem familiar. E fiquei contente. Dona Glenda era a mulher que cuidava de todas as coisas do prédio. Uma mulher muito carinhosa de seus sessenta e poucos anos, mas muito ativa, ou pro ativa como se diz hoje. E me mudei sem mais transtornos.O meu apartamento era o oitavo, logo no último andar  de frente para um outro apartamento que sempre estava com a porta fechada. Me instalei e toquei a vida. Subir e descer todos aqueles andares seria um bom exercício. E sem mais nem menos num dia, quando eu não pensava em nada e estava indo para o trabalho a porta do apartamento de frente se abriu justamente no momento em que eu ia saindo. Uma senhora, com mais de oitenta anos apareceu e como se olhasse para tantas coisas além de mim, começou a falar. Falava de seus filhos, da casa, do apartamento. E eu querendo ir trabalhar. Perguntei o seu nome, interrompendo a sua conversação mas ela nem me respondeu e continuou a falar, falar. Bem! Eu a interrompei novamente e pedi desculpas dizendo que tinha que trabalhar. Lhe  sorri e coisa e tal e foi educado e a deixei falando sozinho. Desci dois degraus e olhei para atrás e tudo estava silencioso. A porta havia se fechado e acho que magoei aquela senhora. O que eu podia fazer. Eu tinha que trabalhar. Voltei a noite e a porta estava fechada. Pensei em bater e pedir desculpa e conversar com ela, quer dizer ouvi-la, mas eu estava cansado e achei melhor deixar pra lá.
Na manhã seguinte lá estava ela, tagarelando sobre os seus filhos a casa os cachorros, e fiquei ouvindo-a até que tive que sair novamente e ela se trancar em sua casa. Novamente no dia seguinte e nos outros e até que se se passou duas semanas e eu não aguentava mais ouvir aquela senhora. Pensei em acordar mais cedo, para não encontra la, mas a qualquer hora da manhã que eu abrisse a porta lá estava ela.. Fui falar com com Dona Glenda logo que cheguei a tarde, e ela com um sorriso no rosto perguntou se estava tudo bem; se eu estava gostando do apartamento e precisava de alguma coisa. Eu disse que estava tudo bem, mas apenas que aquela senhorinha me estava incomodando. Eu não queria ser mal educado com ela, mas ela me pegava todas as manhas para reclamar de seu problemas.
- Eu sei que as pessoas de idade precisam de atenção, mas é que me falta tempo- Completei.
Dona Glenda me olhou com  surpresa.
- De quem você está falando, meu filho!
- Daquela senhora que mora no apartamento enfrente ao meu.
Dona Glenda, sorriu.
- Não mora ninguém naquele apartamento. Naquele andar só há você.
Fiquei gélido de espanto.
- Não é possível! todos os dias eu converso com ela!
- Uma senhora! Dona Mirtes morou lá a muito tempo, fazem dez anos que ela morreu. O seu apartamento esta em processo de partilha com os filhos que nunca vieram vê-la, nem nos natais. Ela morreu de desgosto. Ah! eu tenho uma foto dela, do último natal que ela passou comigo.
Dona Glenda foi correndo pegar a fato e não deu tempo de nem mesmo respirar e ao ver a foto, gritei que era ela. Dona Glenda contra argumentou que não podia ser. Mas enfim. depois de um silêncio, achamos melhor que na manhã seguinte dona Glenda levantasse as 6 da manhã como eu e subisse até o meu apartamento tomaríamos café junto e quando saissimos  ela viria o que eu vejo, ou então provaria que eu estou ficando louco.
Confesso que não dormir por aquela noite, e na manhã seguinte dona Glenda estava lá e depois de tomarmos o café juntos saímos e então a velha apareceu. Dona Glenda a viu, assim como eu provando que eu não estava louco. Dona Glenda ficou emocionada e tentou se aproximar da amiga, mas ela desapareceu fechando a porta repentinamente. Eu e Dona Glenda ficamos olhando um para o outro.
- O que vamos fazer!- perguntei.
- Vou pedir para rezar uma missa para ela. O seu espírito esta magoado e não foi para a luz.
Eu concordei. E descemos. Mas as palavras de Glenda ficaram em meus pensamentos, e ao saber que aquela senhora  em espírito estava magoada, tirou todo o medo que eu tinha da situação. Dona Mirtis podia esta morta mas era um ser humano, que estava sofrendo uma mágoa terrível que não podia deixa-la ir para onde tinha que ir. Não sou espirita. E não entendo nada de vida após a vida.Eu estava apenas olhando para aquela mulher com os olhos da compreensão de um ser humano, estando vivo ou morto. Apreendi que a mágoa a dor vai com a gente aonde  formos. Eu olhei para mim e vi, que aquela mulher precisava de alguém que lhe desse atenção. A atenção que os filhos e os netos lhe negaram por tanto tempo quando ela estava viva.  E então na manhã seguinte acordei mais cedo uma hora mais cedo, e abri a porta e lá estava Dona Mirtes. Então olhei para ela com sorriso, e amizade, e deixei ela falar, falar, falar até ela se cansar. E quando ela desapareceu eu fui trabalhar. Na manhã seguinte a mesma coisas, nas outras também, até que um dia ela fez uma coisa que nunca tinha feito. Ela sempre que falava, não olhava em meus olhos, olhava para além de mim. Mas depois de tanto ouvi-la, depois dela ter dito tudo o que estava dentro dela, em suas mágoas e ódios e dores, ela pareceu aliviada e  quando ia silenciado-se depois de falar tanto. Olhou em meus olhos e sorriu como que agradecendo a minha atenção. Eu dei-lhe um bom dia e fui trabalhar, na manhã seguinte acordei uma hora mais cedo, e abrir a porta pronto para ouvi-la. Mas ela não veio. Não veio nunca mais. Fiquei contente, e maravilhado com a possibilidade de descobrir em mim a capacidade de ouvir uma pessoa, mesmo estando morta, como no caso. E ouvir, é tão bom, porque as vezes as pessoas querem desabafar, tirar de dentro de si algo que não conseguem carregar e não tem que as ouças. Ouvir apenas, sem precisar dar conselhos ou conceitos  qualquer.  Daquela experiência em diante  apreendi a ouvir, a ouvir inclusive os meus filhos, meus amigos, a minha mulher e a mim mesmo.

Amar.

  Amar.   - Meus parabéns. – Ele disse num sorriso sincero, segurando milhões de tonelada de um sentimento que lhe pertencia. - Ah, ob...

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