domingo, 28 de setembro de 2014

Os sonhos, não são sonhos. São desejos guardados. São desejos que protegemos do mundo.


Do romance "O diário do amor e da felicidade", disponível aqui. http://migre.me/lXfxJ
Cap.1 – No elevador...

Os sonhos, não são sonhos. São desejos guardados. São desejos que protegemos do mundo.


       Elisa, não encontrou razão alguma para sorrir naquela manhã. Olhou para o infectologista, e apenas suspirou. Não poderia desaprovar toda e qualquer esperança que encontrara até aquele momento de sua vida ou viesse encontrar.  Esperança era o oxigênio que a alimentava dia a dia.

 - O tratamento está se mostrando eficiente em diminuir a carga viral. - disse o médico.

- Já não sinto sintoma algum!

- Ótimo! Sua resistência já está há de um adulto. Quando chegou aqui na primeira consulta, tinha a resistência de um bebe.

- Uma sobrevida de qualidade? – bufou ela.

- Há muitas pessoas convivendo muitos e muitos anos com o HIV.

- Bem... Temos que ter esperanças. Acreditar na vida, no dia a dia. – para Elisa era preciso acreditar em todas as possibilidades.

-E quanto ao seu marido. Ele sabe que está contaminado?

-Foi dele que herdei esse vírus. Já te disse Dr. Somente dele.

- Sim claro.  E por favor, me desculpa!  Essa rotina de médico, muitos pacientes a gente sempre se esquece de alguma conversa. E ele como está?

Elisa mostrou um ar de indiferença.

-Saiu de casa, me deixou com os filhos e nossas doenças... Graças as Deus os meus filhos não foram contaminados.

-Senhora Elisa, a doença em si não se manifestou o que é muito bom!

-Não precisa dizer mais nada doutor. Não tenho paciência, para falsas esperanças. A minha vida acabou de certa maneira. Fui traída, fui contaminada e abandonada. Estou só nesse mundo e com os filhos para criar. É o que me resta nessa vida. – era preciso desabafar. Às vezes Elisa não suportava o peso de estar contaminada.

O infectologista, sabendo que o tratamento com a medicação retroviral potencializava a sensação de impotente em alguns paciente e depressão em outros.

- Dona Elisa não é assim tão dramático, nem sem esperanças. A AIDS requer cuidados especiais, mas não é o fim de todas as coisas e sentimentos em sua vida. A senhora pode ter uma vida afetiva se quiser, tomando os cuidados.

- Ah! Doutor o senhor é médico e está em seu papel. E além do mais mesmo que eu queira arrumar um companheiro futuro, assim que souber que estou contaminada, me abandonará.

-Não é bem assim...

-Não é bem assim se eu estivesse morta. Talvez lá no céu. Aqui é assim. O mundo é assim, as pessoas são assim. Não as culpo, eu também teria medo.  Mas foda-se. Agora tenho que encontrar um emprego para terminar de criar os meus filhos. Quero dar educação a eles. – Elisa respirou fundo, e meteu um sorriso no rosto. – É a única coisa que me faz sentir viva. Os meus filhos... E por eles é que vou lutar. Por meus filhos...

O infectologista sorriu ter um objetivo uma causa dava mais força em viver e a incentivou quanto a isso. Depois lhe deu a receita para retirar medicamento no posto de saúde. Ofereceu um café, água e lhe explicou mais sobre outros sintomas que a medicação poderia lhe causar e se despediriam desfazendo-se no tempo aquele momento.

Elisa ira vê-lo no próximo mês como se tornou rotina nos últimos dois anos de sua vida. No começo tudo foi pesado demais, deu-lhe medo terrível de morrer e deixar os filhos. Mas também morrer e perder a vida a sua vida. Nunca mais viu Mauro o seu ex-marido. Ele a abandou covardemente junto com a doença.  Eram tantas pedras em seu caminho que agora com a doença mais estável podia olhar para trás e ver que tirou uma a uma. Lutou mesmo que na solidão no desprezo e afastamento de muitos parente e amigos ao saberem de sua doença.

“Apreendi o que é preconceito, tive os meus também e como é horrível para quem sofre” – pensou. Mas a vida estava ali, a sua frente a todo instante. Respirou fundo deixou o consultório e tomou o elevador.

Ao tomar o elevador Elisa sentiu vontade de chorar, mas lágrimas não iriam resolver os seus problemas, nunca resolveram.  Ganhou uma tragédia em sua vida, sem ter buscado por ela, apenas confiou no marido. Mas fazer o que?   Então ouviu uma voz.

- Em que andar vai?

Elisa olhou para o lado e viu um homem acuado ao canto, com um sorriso inesperado e que lhe causou um sorriso também.

-Ah, me desculpa, eu estava divagando com os meus pensamentos e nem percebi que tenho que apertar o botão.

- Isso já me aconteceu. – disse o homem cordialmente.

Elisa sorriu e apertou o botão do térreo.

Depois o silêncio ao lado de um estranho e a sós dentro daquele elevador. E conforme os andares iam passando o silêncio aumentava.

Até que no sétimo andar indo para o sexto o elevador deu um tranco e depois parou... As luzes piscaram... Acenderam e apagaram e ascenderam novamente.

Um olhou para o outro.

- O meu Deus? – disse Elisa.

- Calma!  - disse o homem com segurança.

- Calma! O elevador parou!

- Tem um telefone de emergência. – disse o Homem e tomou o telefone. - Falou com a portaria e depois olhou para Elisa.  – O porteiro foi avisado e foi buscar o técnico de segurança.

-Eu tenho que pegar os meus filhos na escola. Isso não podia ter acontecido.

-Vai ser rápido. Não se preocupe.

-Desculpa a minha aflição.

-Tudo bem. Há dias em nossas vidas que não dá para controlar mesmo.

- É verdade.

Um silêncio contínuo e perceberam que seus olhares cruzavam vez por outra.

-Acabei de me demitir. – disse Ele, quebrando o silêncio.

Elisa se surpreendeu.

-Puxa! Que chato.

-Pode ser, mas eu estava com saco cheio já mesmo. E na vida às vezes é bom chutar tudo para o alto.

Ela sorriu

-Eu to com vontade de fazer isso faz tempo.

-Apertar o botão?

-Qual botão? – Elisa olhou para o painel a sua frente.

-O botão do Foda-se tudo. 

Elisa sorriu...

-Desculpa o palavrão, mas não encontrei outra palavra...

-É isso mesmo. Tenho vontade de apertar esse botão...

-Prazer meu nome é Elias.

-Elisa.

Os seus olhos se apresentaram.
Do romance "O diário do amor e da felicidade", disponível aqui. http://migre.me/lXfxJ

domingo, 31 de agosto de 2014

A menina na janela.

Mãe e filha sempre se entendem?

A menina na janela.

Beatriz subitamente naquela tarde se cansou do Whatsapp, do Twitter e do Face Book . Respirou fundo dos seus quinze anos, jogou o celular no sofá foi até a geladeira e correu os olhos tentando escolher algo tentador para saciar aquela súbita vontade de não fazer nada. Respirou fundo, olhou pela casa, ligou e desligou a tv e sensação de não fazer nada insistia, persistia, resistia.

- Que saco! – bufou entediada como todos nessa idade.
E se aproximou da janela de seu quarto, se encostou com descontração e preguiça no parapeito da janela, cruzou os braços e se apoiou neles vendo do alto do sexto andar, o horizonte da cidade.
- Nossa como essa cidade é grande! – disse como se nunca estivesse visto a cidade.
Alias não se lembrava de ter visto a cidade, mas se lembrou que um dia quando morava numa casa e não em um apartamento, se pois na janela, como agora, e ficou olhando o tempo, as pessoas e os acontecimentos. Ainda tinha seis ou sete anos, não se lembra, mas foi bom demais se reencontrar com a sua infância naquele momento. Beatriz sorriu.
- To ficando tonta mesmo! – disse se esticando nesse momento.  Um momento prazeroso de um reencontro com a um momento de sua vida, a sua vida e de mais ninguém.
E nesse momento de encontros com sua própria existência, lhe veio no pensamento às velhas perguntadas que se fez debruçada na janela da casa onde morou.
Beatriz aos seis ou sete anos, não sabia muito da vida. Por isso perguntava muito. Viu um homem passar, e se perguntou para onde ele ia depois que passava pela frente de sua casa? Talvez ele vá para a casa dele, igual a sua com uma janela e talvez uma filha que fica olhando pela janela e perguntando para onde vão as pessoas que passam por ali.  Então Beatriz concluiu que tudo passava, mas precisava confirmar com sua mãe.  E da janela gritou para sua mãe.
- Mãe tudo passa!
Sua mãe que estava no sofá olhando as descobertas da filha, sorriu.
- Tudo passa Beatriz.
- E depois que passa para onde vai?
A sua mãe se surpreendeu.
- Para onde tem que ir.
- O trem passa e vai para a estação, o homem passa e vai para a casa dele, o carro passa e vai para a garagem...
- É assim mesmo!
Beatriz então ficou contente com a sua descoberta, e ficou o resto da tarde olhando tudo passar. Foi um momento só seu e grande que lhe marcou e Beatriz pode trazer e se lembrar desse momento, agora as quinze anos.
E do encosto de sua janela, observou que tudo passa e passa mesmo. E depois que passa não se sabe ao certo para onde vai. Só se sabe que a gente passa, mas momentos como aquele nunca passa, fica para sempre é só se lembrar e deixar passar.


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domingo, 27 de julho de 2014

Um trecho do romance "Que reze a vida" .


Cap. 5

        Descer também não era fácil, mas era a melhor opção. Saíram em direção oposta do veículo. Atílio tomou Rogério ao ombro novamente e com o peso da mochila e das armas quase não suportou. Cuidadosamente foi colocando pé até pé em local solido e quando possível segurando-se na vegetação. E essa vegetação era um apoio. Toda a serra da Bodoquena é remanescente da mata atlântica, portanto uma mata densa, forrada de arbustos e folhagens entre árvores grandes e outras tentando crescer, o que facilitava Atílio carregar Rogério, vez por outra se apoiando nos troncos de algumas árvores.

A menina ia atrás com a lanterna tão calada que Atílio com dificuldade se virava para ver se ela o seguia. Era claro que todos queriam sobreviver ao acidente.

E com toda a dificuldade iam conseguindo chegar ao solo da floresta.

Rogério então acordou e se viu nos ombros daquele sequestrador maldito. Viu que estava sem as armas e tentou entender porque aquele sequestrador o carregava e já que estava sendo apoiado por ele aproveitou e apoiando-se firme com a perna esquerda, puxou o pescoço de Atílio e lhe deu uma gravata.

- O que esta fazendo. Pare com isso. – disse sufocando Atílio pego de surpresa.  E para tirar o braço forte de Rogério de seu pescoço soltou a mão das árvores. Rogério perdeu o equilíbrio e ao cair puxou Atílio consigo e ambos rolaram entre a vegetação e ajuntados pela força da queda.

Caíram sobre pedras desconfortáveis, acertando um e outro com dores nas costas e na cabeça. E mesmo assim Rogério insistia em segurar o pescoço de Atílio, o colete aprova de balas ajudou a amortecer a queda de Rogério e exerceu sobre Atílio mais peso.

- Você quer acabar comigo? Quer! Mas não vai... – gritou Rogério.

Atílio então para se salvar apertou a fratura de Rogério causando-lhe imensa dor e este o soltou. Atílio poi-se em pé, ajeitou a sua mochila e as armar, enquanto Rogério gritava de dor.

A menina apareceu logo em seguida correndo com a lanterna acessa, e minutos depois a alguns metros dali onde estavam caídos o veículo despencou ladeira abaixo indo e indo, removendo matas e por fim desapareceu causando um silêncio a todos.

- Você quer um analgésico? – perguntou Atílio a Rogério ainda deitado sobre as pedras.

Rogério que entendeu que Atílio havia salvado a todos aceitou.

- Tá doendo muito. – disse.
 
Disponível no site Clubedosautores.com.br  ou  clique aqui http://migre.me/kFms3

domingo, 27 de abril de 2014

Naquela tarde no shopping...


Naquela tarde no shopping...

Ele estava distraído olhando o nada, pensava no carro para arrumar, no cheque para ser descontado, numa coisa qualquer. Era a sua folga, e estava ali apenas para dar uma volta um descanso nas coisas do dia a dia. 

Ela estava apresada para voltar do almoço, foi comprar um presente para o aniversário da amiga.  E teria que comer alguma coisa. Não tinha tempo para mais nada em sua vida.  E foi pelo shopping atrás de uma comida rápida e barata.

Ele que olhava para o nada, viu a sua presa.

Ela nem o viu.

Ele viu as suas pernas, depois os seus braços suavemente deslizando mesmo com algumas compras em mãos.

Ela olhou para o seu relógio e demonstrou preocupação com a hora que ia passando.

Ele viu que mesmo quando o seu rosto parecia aflito mantinha-se suave e lindo.  Sentiu vontade de ouvir a sua voz. Como seria a sua voz?

Ela se aproximou de uma comida rápida, e pediu um MIX. Hambúrguer, bacons, tomate, ovo, e contra filé na manteiga com pão francês e um guaraná Antártica para beber.

Ele gostou do que viu, ela parecia não temer nada nem mesmo uma alimentação daquelas. E ao se sentar esperando o seu lanche, ele a viu elegante e feminina, como nunca havia reparado em mulher alguma.

Ela, cuidadosamente pegou o sanduíche e deu uma leve mordida.

Ele sorriu.

Ela tomou o guaraná e enxugou o canto da boca com o guardanapo.

Centena de mulheres já havia feito o mesmo, mas nunca alguém que havia o encantado como ela.

Ela olhou para o seu relógio novamente, não daria para terminar de comer. Levantou-se.

Ele ficou triste.

Ela então olhou para ele.

Ele mostrou em seus olhos

O que ela entendeu logo ser seu também.

Amor à primeira vista.

Ela sorriu

Ele se aproximou.

Oi meu nome é Claudio.

Oi o meu é Beatriz.




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sábado, 19 de abril de 2014

As vezes enxergamos um rato onde há um elefante e um elefante onde há um rato.


Ou seja enxergamos um probleminha onde há um problemão e um problemão onde há um probleminha.
No curso de nossa existência, ou essa nossa  vida encontrar-se em momentos de dificuldade é algo constante e natural pois não há como existirmos sem  algum conflito pessoal e social. Porque simplesmente vivemos em grupos, numa sociedade e não isolado em uma ilha. Precisamos sempre do outro, amamos sempre o outro, odiamos sempre o outro, brigamos sempre com o outro. O outro é parte nossa assim como somos parte do outro. Não há como existir de forma diferente. Tudo bem! Algumas pessoas se sentem desconfortável em relação ao outro, tentam se isolar em mundos íntimos, sem conversa e sem dialogo constante com os demais. Mas dificilmente  fica o tempo todo só.
Algum momento do seu dia precisara encontrar o outro ao menos para as suas necessidades básicas.  Comer, vestir, dirigir, ir ao médico, ir ao cinema, ter relação sexual, e mesmo que tenha essa relação intima consigo mesmo, estará pensando no outro. Portanto parte de nossos problemas será sempre o outro, assim como somos parte do problema do outro.  Exemplos simples como ;  Deixar uma meia na sala; Não abaixar a tampa da privada; Jogar lixo na rua; Passar em sinal fechado ou comprar drogas que alimenta o crime organizado; E  votar em políticos corruptos ou não si importar com o flagelo do demais.



E há também os nossos eu, como ser humano como existência. Estamos sempre querendo o melhor, o mais para nós ou às vezes um mínimo. Um mínimo de atenção, de amor, de carinho. Ou um salário mais digno, condições de trabalho , transporte e educação melhores . E tudo isso é natural. Somos assim e não vai mudar.  

E juntando o eu como o outro, estamos sempre querendo e querendo. E ai vem os nossos problemas.

Onde às vezes enxergamos um rato onde há um elefante, e um elefante onde há um rato.

Ou seja, fazemos de um probleminha um "problemão" e de um "problemão" um probleminha.

Queremos fugir às vezes de situações terríveis e dolorosas e vamos empurrando com a barriga, ignorando e se defendendo achando que não passa de um ratinho, de um probleminha. Por  medo, dor, e alguns casos preguiça e em outros casos, ignorância e falta de conhecimento de como resolver.  E esse ratinho, esse probleminha que enxergamos na verdade é um elefante que poderá nos esmagar.  E uma hora ou outra ele vai esmagar mesmo, é a sua natureza.

 E o contrário também é verdadeiro. Quando enxergamos um elefante quando há um rato apenas. Mas ai o perigo é maior, porque ao enxergarmos um elefante onde há um rato, e persistirmos nisso por anos, estaremos alimentando esse ratinho que poderá sim se transforma num imenso elefante, ou em alguns casos que já presenciei uma manada de elefante. E ai não sobreviverá ao seu ataque, e se sobrevivermos sairemos tão machucados e destroçados que o tempo talvez nos cure.

Em todos os casos, é preciso ser honesto consigno mesmo e ter um pouco de autoconhecimento. Conhecer os seus sentimentos e limites assim como o do outro. E encarar um elefante quando for um elefante e um rato quando for um rato.


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quinta-feira, 27 de março de 2014

No curso de nossas vidas.


Manoel por muitos anos passava a suas tardes ali sentado no mesmo banco da praça no final da rua, onde podia olhar o rio calma porem profundo que seguia o seu curso há  milhares de anos, assim como todos nos seguimos o nosso curso no tempo de nossa existência. O rio é muito querido pela sua cidade. A cidade que soube preservar as suas águas e suas margens ainda com a mata original e cheia de vida. A cidade não era grande, mas era sabia.  


Manoel sabia dessa sabedoria, tinha a sua sabedoria também. E coisa que nunca foi em sua vida foi ser arrogante. Arrogância é igual o medo, sempre nos cega de encontrar coisas maravilhosas. Manoel sentado ali em seu banco olhando as aguas calmas do rio pode ver em suas memorias, um momento para trás, que viveu.  E se lembrou de que ao dizer que nunca foi arrogante estava sendo arrogante.

- É melhor dizer que tenta não ser arrogante! – Disse sorrindo. – A gente é um pouco de tudo nessa vida, não tem jeito!

Manoel se lembrou de que um jovem um dia correndo com sua motocicleta caiu naquele rio.  Ele vinha correndo desesperado e ao fazer a curva perdeu o controle e foi para um lado e a motocicleta para dentro do rio. Não sofreu nada, apenas a motocicleta que foi levada pela águas.  Manoel estava sentado ali, e correu para ajudar o jovem. O jovem desesperado queria se jogar no rio para pegar a moto. Manoel o segurou e disse que seria melhor irem pegar uma corda e amarrar nele para que não se afogasse.

- Qual é velho até você achar essa corda a minha moto se foi. Me larga logo e fica ai no seu banco...  – gritou o jovem que empurrou Manoel e depois mergulhou no rio atrás da moto que já ia  pra longe das vistas.

Manoel ficou irritado com a atitude do jovem e sua arrogância e chama-lo de velho e desocupado. E fez o que o jovem pediu, ficou sentado em seu banco, torcendo para que o jovem se desse mal. Estava   muito revoltado com a atitude daquele jovem.

Algum tempo depois o jovem voltou todo molhado pela margem do rio, desanimado e cabisbaixo.

- Conseguiu pegar a moto! – perguntou Manoel satisfeito.

- Ta vendo ela aqui?

- Não! – disse Manoel satisfeito segurando o seu sorriso de prazer.

O jovem olhou para ele e não disse nada. E foi embora em seu desânimos e tristeza.

Manoel ficou contente, afinal e contas a arrogância daquele jovem o fez perder a moto.  E a noite para comemorar Manoel pediu uma pizza. Não  na pizzaria que pedia sempre. Pediu uma pizza cara, da pizzaria mais cara e famosa da cidade. E quando abriu a porta para receber a pizza, reconheceu o jovem que perdeu a sua moto no rio ainda naquela tarde. Manoel viu que ele estava triste e muito chateado. Era um homem com uma derrota que amargava. Manoel ficou sensibilizado e esqueceu o seu contentamento de antes.

- E sua motocicleta, conseguiu encontrar. ? – Perguntou novamente.

- Não.  E agora vou ter que pagar por ela! Aquela motocicleta é dono da pizzaria. Ele havia me emprestado naquele horário para eu ir ver o meu filho que acabou de nascer.  Eu estava tão feliz, que queria ver logo o meu filho e me descuidei.  Acho que fui rude com o senhor. O senhor me desculpe, mas eu estava desesperado.  Boa noite!

Disse o jovem e se foi. Nem quis a gorjeta. Manoel ficou ali na porta olhando o jovem ir em sua tristeza e na amargura que seria para ser o dia mais alegre de sua vida. Um jovem entregador de pizza não deve ganhar muito. E agora com um filho.

Manoel naquela noite não comeu a pizza e ficou acordado digerindo a sua arrogância em não ter compreendido a situação do acidente do jovem e sua motocicleta.  A gente não pode se deixar levar pela ação do momento, todo momento é a soma de tantos outros momentos. Às vezes ruins e bons.  

Manoel não tinha dinheiro para comprar uma motocicleta daquela para o jovem, mas ligou para alguns amigos que tinham barco e no dia seguinte numa aventura saíram procurando a motocicleta  pelo rio. Levaram três grandes dias longos até encontrar a motocicleta e tira-la das profundezas do rio. Usaram de um pequeno radar e cabo de aço para tirar a motocicleta. A levaram para uma oficina lavou-se a moto e ajustou tudo o que precisava ser ajustado. Esse concerto Manoel pode pagar. E depois entregou na pizzaria sem se identificar. Deixou apenas um bilhete para o jovem.

“Obrigado por me ensinar a não ser tão arrogante. E felicidades com seu filho”.

O jovem soube de que se tratava. E na mesma noite, entregou uma pizza grátis para Manoel com a foto de seu filho e um bilhete.

“Obrigado por me ensinar a não se tão arrogante.”

E ao se lembrar desse momento em seu passado, olhou para o rio e viu o quanto de caudaloso, profundo e suave podemos ser no curso de nossas vidas.

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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

O sol depois da noite.


Parar o veiculo foi à solução sensata que Pedro encontrou naquele momento. No curso da estrada a noite ficou estranhamente mais escura, e como um bônus a mais do destino, a bateria de seu carro arriou. Nem mesmo os faróis estavam ao seu lado, assim como a luz que resolveu esconder-se por detrás das nuvens densas que vinda do sul trazia um resto de frio que a Antártida sopra para o continente. E assim tudo se fez treva.


Talvez a escuridão que merecia talvez a escuridão que o testava. Talvez a escuridão de alguma razão que não conhecemos ainda e que se faz em um determinado momento de nossa vida, de nosso caminho no destino que é viver.

Talvez uma escuridão para reencontrar a luz?

Pedro Deixou o conforto do veiculo e sua segurança. Poderia ficar ali e esperar amanhecer. O dia em nossas vidas sempre vem, sempre chega.

Mas esperar não é coisa de Pedro e ficar ali certamente o impediria de enfrentar aquela escuridão, de se meter a enfrentar com todos os medos e perigos.  E enfrentar aquela escuridão o atraia, o atraia de forma a desafiar os seus desafios, desafiar o que teme. E desafiar sempre foi o prato predileto em sua vida.  

Caminhou então, atento a todos os movimentos da estrada. Caminho com cuidado a todos os buracos que a noite esconde. Caminhou atento a todos os barulhos e sentimentos que a escuridão nos traz.  Sim estava com medo, com sensatez, e com o tempo na escuridão os olhos vão se acostumando e vendo mais do que via antes, assim como o medo que vai se tornando coerência.

Não é uma jornada fácil. E Pedro se lembrou de seus entes queridos. Deveria voltar para o carro, mas já estava mais longe. Enxergava melhor no escuro. Por alguns segundos pensou ver algum, outros parou e olhou para o lado, algo parecia se mover. Arvores escura apareciam agora animais da noite. E lá no fundo no céu alguma luz da lua clareava nuvens.

Caminhou mais. Deveria ser mais ousado em sua vida, assim como era ali caminhado na escuridão. Deveria ser mais dono de seus sentimentos, como dominou o seu medo ali na escuridão, deveria ser mais ele como foi até ali. Porque todos os medos, não passam de medos apenas.

... Agora respirava mais tranquilo, pisa mais firme com cuidado, mas mais firme. Enfrentou a escuridão, o medo, e lá na frente uma luz de um posto de beira de estrada. Era uma luz, mas era uma esperança. Chegou até ele, comprou agua e café e esperou amanhecer para ligar para o resgate e vir salvar o seu veiculo. Pedro se sentiu estranhamente salvo. Se roubassem o veiculo, foda-se, era apenas um carro. E ele, Pedro, após caminhar na escuridão havia descoberto o quanto era capaz de enfrentar as escuridões do destino.

Sentou-se e viu o sol chegar logo de manhã onde as nuvens passavam lentamente. Era um brilho diferente, um brilho de poder.


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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Melquis e Um estranho concurso.


 Naquela manhã fui a padaria comprar o pãozinho sagrado do dia a dia, quando vi um cartaz anunciando Um concurso de mulher diferente.

Mulher diferente?

- Que tipo de mulher seria essa mulher diferente? – perguntei a Cícero o dono da Padaria

- Nos aqui estamos imaginando que seria mulher feia!

- Santo Deus! Como podem!

- Dê uma olhada nos organizadores do concurso.

Lá estava o nome de Mário e Valquíria. AH! Só podia ser os dois.

E em letras grandes a Frase.

“Não faça mais parte da maioria, seja diferente, seja você.”

Não tive duvidas ligue para Mário.

- Que concurso é esse. Mulher diferente.

- Queremos sai do padrão. Melquis. Não dá mais. Há milhares de mulheres no mundo, diferentes e sensacionais como a Valquíria, porque todos tem que ser bonitas.

Mário me desarmou. Eu fiquei sem resposta.

- Não queremos nem uma miss, nem globeleza, nem capa da revista sexy. Queremos a mulher comum, mas com uma diferença a mais.

- Que diferença?

- Magra ou corcunda Anã ou obesa, e assim vai. E olhe só, já temos mais de duas mil inscritas em três dias de divulgação na internet e pela cidade. Vai ser sucesso.

- Vai! – Eu disse sem estrutura alguma.

- E você foi escolhido para ser uns dos jurados.

Pronto. Mário e Valquíria me “convidavam” mais uma vez a participar de suas armações.

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A fé em sua força.


Lembrando-se de seu passado árduo, Muvoski não teve medo de seguir enfrente. Graças aos seus tinha em sua mente a força de se estar vivo e se estar vivo é exercer a força que nós faz querer, desejar, sofrer, sentir... Muvoski veio do sul, como todo descendente de europeu daquelas bandas, não tinha medo do frio da chuva do calor nem da solidão das estradas, ou o perigo da noite nas estradas. Não passou fome totalmente, mas racionou o alimento e o dinheiro para comer. Bebeu bastante água e “Chimarrão” sempre. Para Muvoski o seu objetivo conquistar a Metrópole de tantos desejos. Não quis ficar em Porto Alegre, nem ir para Brasilia ou para o Rio. São Paulo, lhe chamava em canto de seu coração desde que a viu pela primeira vez ainda criança quando os seus pais passeando por ela, apresentou-lhes  os  museus, teatros e regiões de compra. Imensas  lojas de departamento como o Mappin e a Mesbla que já não existe mais. Era um sonho, dias lindos sobre a mão segura de seus pais e que agora com os próprios pés poderia investir nesses sonhos nesse desejo guardado.

Muvoski ao chegar à cidade, encontrou logo uma pensão para morar. Encontrou também gente de todo o mundo. Português, Italianos, Indianos, moçambicanos e haitianos, eslavos e Nossa tanta gente... Era isso que queria um pouco do mundo ao seu lado. São Paulo lhe dava isso. E lhe dava emprego e nem esquentou a bunda e logo encontrou emprego. Os demais da pensão também. Podia não ser o emprego do sonho, mas sem dinheiro não irão ficar.

Muvoski sabia que teria que investir mais, se acomodar já mais.  E do emprego onde fez amizades, encontrou contatos, arrumou um emprego melhor, depois outro e outro. Guardou dinheiro. Não se importou de andar três horas de ônibus todos os dias. Não se importou com seu emprego. Deu muito valor a sua força de vida, de estar vivo e poder ir e lutar e conquistar.

Muvoski que plantou fumou, lavou pratos, varreu hospitais agora tinha um táxi. Mas o seu objetivo o seu sonho o seu desejo guardado é também uma ideia. Uma ideia que descobriu ser fundamental e que aquela metrópole precisa muito. Uma ideia que somente o dia a dia de São Paulo poderia lhe dar.

Muvoski iria economizar o ano todo com o dinheiro do táxi, e no ano que vem abriria uma firma de pequenas entregas a custo justo e rápido.  E mesmo que dormindo 4 horas por noite, Muvoski não perdia a fé em sua força de realizar, de conquistar e na cidade que lhe deu oportunidades e depois se sabe lá qual boa ideia viria na necessidade do dia a dia da Metrópole fundada por Jesuítas e índios e construída por gente dos quatro cantos do mundo como ele que não tiveram medo da força que a vida lhes deu.

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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Pode-se medir a tristeza?

Ana se perguntou quando um amigo a interrogou o porquê ela não chorou na despedida de um amigo querido do trabalho. Afinal, todos ficaram emocionados com as palavras de gratidão, carinho e companheirismo que dirigiu a todos.

“Mas eu fiquei emocionada sim” – respondeu Ana ao amigo.

“Não pareceu!” – insistiu o amigo.

“Mas é preciso chorar lágrimas como todo mundo para mostrar que estamos emocionados, tristes e felizes?” – disse Ana já irritada com aquela insistência.

“Geralmente as pessoas choram sim para dizer que estão tristes  ou felizes.”

Ana não disse mais nada, ficou preocupada. Talvez o amigo tivesse razão. Enfia a festa de despedida do amigo acabou todos foram para a casa. Ana ao se deitar ainda tinha as palavras do amigo em seus pensamentos lhe perguntando constantemente o porquê ela não chorava.

Ana foi buscando sem seus pensamentos e  como a uma conta numa tela digital foi se lembrando das vezes que nunca chorou . Cenas de filme, cenas de novela, . Nascimento de primos e filhos de amigos. Casamento... E... Acho que todos tem razão...

Então Ana se lembrou de sua avó.  A sua alma se iluminou  imediatamente.

O carinho e a segurança do  colo de sua avó percorreu as suas emoções, destravou antigas felicidades presas em seus sentimentos contidos. Felicidade e carinho vivido constantemente ao lado de sua avó. A mesma avó que a criou desde sempre que se lembra.

A mesma avó que lhe deu  doces e amor, a mesma avó que sentia ser sua mãe, a mesma avó que amou como mãe e avó . A mesma avó que adoeceu fatalmente e Ana viu definhar durante anos, e mesmo assim não deixou de dar amor.  E quando um dia o ciclo da vida se cumpriu a sua avó morreu. Ana sentiu o tamanho da tristeza de ver a morte de uma avó, de uma mãe de uma amiga.


Ana não suportou tanta dor. Tinha 16 anos, e pela primeira vez em sua vida no corpo, nos sentidos.  Ana chorou então o dia todos do velório, do sepultamento e durante dias e meses a perda da  avó.
Compreendendo assim o tamanho de uma tristeza, não se importando mais com tristeza menores do dia a dia.
Naquela noite ao se lembrar de sua avó, chorou mais uma vez de saudade alegre das coisas boas vividas. A partida dela já não tinha mais importância, se vai mesmo nessa vida. Agora estava bem sabia que não era nenhum ser frio e seco que não chora as suas emoções. A morte de sua avó  lhe lembrava sempre o tamanho de uma tristeza.

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