Essa coisa mágica que nos faz esbarrar num pouco da vida!
Parece coisa de poeta antropólogo ou canção de românticos, mas as esquinas são realmente mágicas. Ao menos se tiver bons olhos e paciência para essa experiência. Elas estão sempre lá indo com suas curvas a uma rua e vindo com a outra. As vezes alguém se encosta despretensiosamente ou com atenção em algum poste ou semáforos propositalmente postos ali para marcar uma esquina que do outro lado pode haver outra esquina sem postes . Mas há alguém sempre esperando para atravessar. E onde esta a magia nesse cotidiano?
O cotidiano já é uma magia em si nessa nossa vida . Mas é que sempre se pode encontrar amigos, colegas, e velhos e bons amigos.
Encontrar amigos a gente para , conversa e se está com presa diga que liga depois. Ou comenta sobre algum outro amigo.
Colegas a gente cumprimenta rapidamente, passando sorrindo.
Velho amigo, não. Velho amigo a gente fica contente demais e para o tempo que for necessário em nossa vida para cumprimentar, saber como esta . Botar a conversar em dia, convidar para ir nos visitar, perguntar da família do emprego do que anda fazendo. Um velho amigo, como o termo diz, faz tempo que é amigo. Mas ai porque a esquina, porque não o resto da rua, um bar... e ai vai.
Porque esquina, é esquina, é ponto de referência. Encontrei fulano na esquina da Barão com a Leopoldo. Esquina parece a ponta de um navio dirigindo para algum lugar, um olho indicando algo... Sei lá me encanto com as esquinas...Acho que as cidades seriam tristes se não tivessem esquinas. Existe alguma cidade que não tenha esquina?
Sei que muitos irão dizer, que há esquinas desprezíveis, sujas, esquecidas. Essas esquinas um dia podem ter sido diferente, agitadas, com vida. Sei lá. E se fizermos uma paralelo, uma brincadeirinha filosófica com a vida, a esquina seria uma metáfora de um caminho novo, de algo que nos espera logo ali na esquina. Vai ver se não estamos na esquina.