Um dia de domingo...
A tinta lilás na única parede na cabeceira da cama deu uma extravagância ao dormitório que Priscila gostou principalmente porque não ficou carregado. As outras paredes foram pintadas de branco gelo e decorada com espelhos e “pinturas a guache” que ela comprou na Praça da República.
A tinta lilás na única parede na cabeceira da cama deu uma extravagância ao dormitório que Priscila gostou principalmente porque não ficou carregado. As outras paredes foram pintadas de branco gelo e decorada com espelhos e “pinturas a guache” que ela comprou na Praça da República.
Os
dois então se esticaram na cama. Exaustos daquele trabalho no domingo.
-
Amor nem parece o nosso quarto. Tá quase pronto.
-
Graças a Deus! No próximo domingo
estarei livre para descansar.Não aguento mais....
Priscila
encontrou um tom de descontente em Felipe. E por um momento ficou em silêncio
apenas olhando para ele. Ele parecia realmente cansado e até cochilou.
Alguns
pensamentos então começaram a infernizar Priscila criando um descontente de
Felipe com o casamento que Priscila foi alimentando.
“Será
mesmo que ele está descontente comigo. Com o casamento.” – se perguntou.
Sutilmente
se levantou, foi à cozinha e quis
chorar. “Acho que ele está descontente mesmo com o casamento, comigo.” Priscila chorou por uns breve segundos. E então se lembrou de
seu poder de mulher, fêmea conquistadora. Voltou ao quarto, fechou as cortinas
cuidadosamente e depois saiu e fechou a porta, deixando Felipe descansar.
Priscila
acreditou em seu carinho, no poder de dar carinho. Priscila sabia que amava
Felipe e que todo homem gosta de carinho e aconchego. O mundo não mudou quanto
a isso e nunca vai mudar.
No
final da tarde, Felipe acordou já descansado e foi até a cozinha encontrou Priscila o esperando na cozinha com
o bolo de banana, café fresco e um ar de paz e tranquila que fez Felipe aproximar de Priscila e toma-la numa abraço e num beijo demorado.
-
Sabia que eu te amo...
-
Sabia. – disse segura de si. O beijou também- Senta é bolo de banana.
Felipe
sentou e compartilhou com ela.
-
Nossa, faz tempo que eu não comia...
-
Também ando cansada.
Felipe
olhou para ela.
-
A gente tem trabalhado demais. É o nosso futuro. Deixa que domingo que vem eu
faço o macarrão...
Priscila
sorriu. Os dois sorriram.
-
Se eu for promovido vou ganhar mais. E ai a gente vai comer fora todo ...
-
Não todo domingo não. E perder esse momento nos dois aqui.
Ele
sorriu.
-Tá
bom não tá.
-Tá.
Bom demais....
-
Daqui a pouco o seu Corinthians joga. Quero ver a lavada. – disse sorrindo,
Priscila.
Felipe
contra argumentou calmamente, mas sem pressa alguma. O bolo
estava bom de mais. E depois de ter
descansado e respeitado em seu momento, Felipe deliciava aquele bolo ao lado da
mulher que não poderia ser outra.
-
Final do ano a gente vai viajar. Que tal Paraty?
Priscila
concordou.
-Quer
mais café! – Ela o serviu. Sentindo imenso prazer nisso.
Uma
tarde simples confortável de carinhos vencendo os temores de uma briga e a qual
Priscila soube transformar um pensamento negativo e uma atitude positiva.
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