terça-feira, 6 de março de 2012

Estela e Dr. Jonas.

Ninguém está acima do dinheiro, todos somos seres humanos, mesmo nossos mundos sendo distantes, o destino sabe nos fazer encontrar. 


Estela estava se sentindo bem naquela manhã. Já podia andar sem a maldita “gaiola” de parafusos em seu pé. E mesmo que caminhasse com dificuldade isso não a impedia de sentir o prazer de romper o vento. Era prazeroso demais. Mas o que queria mesmo era descobrir quem era esse Dr. Jonas. Um homem misterioso a qual Estela não sabia o porquê ainda, mas num ato de gentileza  e extrema humanidade o fez pagar  todo o tratamento no hospital mais capacitado da cidade.

E desde que saiu do hospital há seis meses, e ainda fazendo todo o tratamento para sua reabilitação, passou a procurar por esse homem misterioso. Há duas semanas o encontrou e depois de tanto insistir em telefonemas Dr. Jonas  concordou em recebe - lá.
      
Era uma mansão, na zona sul da cidade. Seguranças armados  e um imenso jardim muito bem cuidado onde esculturas de artistas  dividiam a beleza do lugar. Estela foi acompanhada por um secretário até o gabinete do Dr. Jonas.

Lá estava ele, sério concentrado a olha-lá. Era um homem bonito em seus sessenta anos. Sentado firme em sua cadeira atrás da mesa, rodeado de milhões em obra de arte.
Pediu a Estela para  se sentar. E manteve a distância.
 - Por favor, seja breve. – disse ele secamente.
Estela sentiu a distância de Dr. Jonas e seu aparente desprezo por ela.
Para Estela, não podia ser o mesmo homem que gentilmente pagou-lhe o tratamento.
 - Bem primeiramente eu gostaria de agradecer por ter pago  todo o meu tratamento.
Ele permaneceu em seu silêncio apenas olhando-a.
- Foi um tratamento caro que me ajudou muito! - ela insistiu. 
- Bem se for só isso. Eu aceito o seu agradecer. Agora por favor...
- Mas porque fez isso! – perguntou Estela, interrompendo-o, e não suportando mais segurar a sua curiosidade. –  Eu perguntou, porque o senhor não é  meu parente, não é amigo de minha família, nem teve nada a ver com o meu atropelamento. Porque então!
Dr. Jonas desfez o seu ar seguro.
- Combinamos por telefone que seria apenas um agradecer pessoalmente. Você poderia ter me agradecido por telefone. Na verdade eu não sei por que o hospital foi ter informar sobre mim.
- Eu preciso saber. O senhor parece um homem tão ocupado, tão frio e mesmo assim...
 - Bem você já me agradeceu agora pode ir. Por favor.
Estela viu que não tiraria nada daquele homem se levantou e se foi. Ao chegar a porta o Dr. Jonas a viu mancando ainda.
- Espere. Ainda dói a sua perna.
- Sim, mas o tratamento está dando resultado.
- Ótimo.
Ficaram em silêncio. Estela na porta e Dr. Jonas na porta.
- Eu não sei porque te ajudei. – disse Dr. Jonas, percebendo que devia uma resposta a Estela.
Estela voltou e se sentou  a frente de Dr. Jonas.
-  Naquela noite eu fui ao hospital  acertar a compra de um terreno no interior do estado que pertence ao dono do hospital e  por uma série de razões tivemos que fechar a venda lá hospital. E enquanto esperava o dono do hospital, vi a maca com você passar. Eu estava acordando um negocio de milhões e te ver na maca sofrendo me causou um  breve momento de olhar para o outro, para algo mais do dia a dia como socorrer alguém, do que para os milhões que todos os dias trato.
Como você sabe nunca nos conhecemos nem sei que são os seus familiares. Mas isso não me importou no momento. 
Estela sorriu levemente.
- Confesso que foi um sentimento desconfortante depois. Não nunca foi do ar de minha vida ajudar pessoas que não conheço. E as que conheço são tão ricas como eu que nunca precisam de ajuda financeira. E  o ato de te ajudar  me fez pensar se estou realmente certo ou errado. E isso confesso foi desconfortável.
- Eu confesso  que esperava encontrar uma pessoa mais caridosa.
- Não entendo isso de dar aos outros. Sempre apreendi que cada um tem que  buscar o seu. Mas confesso que pela primeira vez nessa vida, eu ouvi um muito obrigado tão sincero  como o seu .
Estela sorriu.
  - As pessoas que conheço não dizem muito obrigado. – disse Dr. Jonas. - Não vivo num mundo onde as pessoas precisam do dinheiro das outras.Quanto aos meus funcionários, apenas cumprem ordens. O seu muito obrigado me fez  lembrar algo que não tenho em minha vida.
- Sabe de uma coisa! Eu nunca senti dizer um muito obrigado tão sincero quanto eu te disse.
Dr. Jonas se surpreendeu!
Estela prosseguiu
- Eu vivo num mundo que as pessoas precisam muito do dinheiro e da ajuda uma das outras, emprestando, roubando, vendendo. E toda vez que você diz obrigado, para alguém  você diz com certo receio e esperando sinceramente que seja a última vez que empreste o dinheiro desse cara. Ou venda um pouco do que não tem. Também é essa a minha primeira vez que digo muito obrigado sinceramente.
Dr. Jonas sorriu.
- Nossos mundos. Aceita um café.
- Sim.
Não podendo evitar o mundo de cada um, não evitaram a amizade que procuraram não inflamar.


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domingo, 4 de março de 2012

A minha vida daria um livro?

Quem já não disse ou ouviu essa frase! A minha vida daria um livro! Porque não aceitamos as dores, e perdas que acorrem na vida?

Vez por outra  me encontro com pessoas que aparentemente parecem bem, mas meio dedo de conversa depois e já  estão se revelando como as  únicas vitimas das algozes do mundo. Estão sofrendo como todo mundo sofre. Mas com o tom dramático de quem se apropriou do sofrimento e por isso essas pessoas se acham os único representante do sofrimento na vida.
E então soltam a famosa frase

“A minha vida daria um livro, tanto que apanhei nessa vida”

E fica impossível dizer para essa pessoa que a vida de toda pessoa que passou e venha passar nessa vida dá um livro. Porque todos "apanharam nessa vida".

Pode ser uma comédia, um romance, um drama, um filme de terror. Mas a vida de ninguém está livre da densidade, forma, cores e sabores que a vida no oferece. Sentimentos que descobrimos e outros que ocultamos. 

Perdas são inevitáveis. Perder um amor, um ente querido, uma oportunidade. Sim é difícil encarar e aceitar. Mas não há alternativa. E quando se encara e se  compreende, tudo parece mais leve. E o tempo, o tempo alivia não tenha duvida. E nos esclarece também porque passamos o que tinha que passar nessa. O que tínhamos que sofrer. Afinal somos imortais filhos amados de Deus, e tudo passa, o tempo passa a dor passa. 

O sofrimento é relativo a cada um: Uma pessoa fútil sofre por coisas fúteis. Um faminto sofre pela fome. Um solitário não sofre menos que uma pessoa insegura sofrendo as pancadas do "amado" ao seu lado, e por ser insegura não consegue se livrar desse "amado".

E opondo-se a tudo isso, temos a felicidade.  Que é possível a todos, mesmo em todo sofrimento.

Por anos eu sofri com morte de meu pai. Sofri com  a sua ausência quando eu mais precisava dele.
E um dia eu pensei o quanto  para ele também a morte foi difícil, porque ele estava sem nós os seus filhos também. Não estava ali vendo os filhos crescendo.
E de dentro de mim veio essa compreensão. 

“ se a dor é a mesma para ele e para mim, porque a felicidade não pode ser a mesma para ele e para mim, esteja ele onde estiver.” 

Eu sei que parece desespero, mas compreender que há outro lado da dor também me fez compreender que uma  vida mais alegre é possível. E se a vida é um jogo, uma encenação ou um livro eu então optei por escrever com mais humor, leveza, compreensão e cores. Abri mão do drama excessivo.

Não quero com isso dizer que estou certo, apenas quero dizer que o meu livro da vida  eu estou escrevendo sem fazer do drama o assunto principal. Acho que fiquei melhor! A vida para mim agora tem mais cores, sabores.


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