Rafael estendeu a sua mão e tentou novamente. Estava difícil demais abrir aquela porta. Virou a chave, tirou e a colocou varias vezes e nada.
Sua
avó observava atenta. E via o esforço de Rafael para abrir a porta. Viu também
que ele já fazia beicinho querendo chorar.
Rafael
tinha oito anos, e abrir aquela porta parecia uma guerra particular entre a sua
capacidade e força e sabedoria e a total inexperiência da vida.
Rafael
estava se sentindo derrotado. Tirou a
chave e olhou para a sua avó.
-
Não abre. Não abre eu já tentei...
-Essa
chave é dessa porta?
-É.
O meu pai me deu.
-Às
vezes a chave esta errada, não é dessa porta.
-Mas
o meu pai me deu...
-Sim,
mas ele pode ter se confundido, e pegou a chave errada.
-Mas
o meu pai nunca erra.
-Eu
não disse que errou. Eu disse que se confundiu. E todos nós nos confundimos.
Rafael
não pode acreditar, queria muito pegar a bicicleta que ganhou e estava naquele
quartinho de porta trecos. Olhou para a chave.
-Rafael
se uma porta não abre é porque esta usando a chave errada.
-Acho
mesmo que é a chave errada.
-Vê
não precisa se desesperar.
-Mas
é que eu queria tanto mostra a bicicleta pra
você vó. Eu até sonhei com ela... É ruim quando agente não consegue as
coisas. Agora vamos ter que esperar o meu pai voltar do trabalho para ele dá a
chave certa.
-
E porque a gente não procura.
-Mas...
-Quando
a gente quer mesmo uma coisa, temos que ir atrás. Fazer o melhor entende, e
usar toda a nossa capacidade...
-Mas
é que se eu for atrás eu acho que vou dizer que meu pai se enganou...
-Mas
ele se enganou. E daí. Não deixa de ser seu pai. Deixa...
-Não.
-Rafael,
nessa vida, a gente vai encontrar muitas chaves erradas em portas fechadas Alguém
se confundiu em dar a chave certar. E pode ser também que a gente se confunde em pegar
a chave certa ou que algumas dessas portas não são para a gente abrir. Mas se você tiver um sonho, um desejo
verdadeiro atrás dessa porta, como o seu desejo de me mostrar à bicicleta não vá
ficar esperando alguém trazer a chave certa para você abrir a porta. Vá atrás
dessa chave.
Aquelas
palavras de sua avó lhe arregalou os seus olhos,
os seus sentidos, os seu desejo de lhe mostrar a bicicleta nova. Foi com uma chave mágica abrindo um mundo de possibilidades.
Rafael
não se cansou de procurar a chave certa até encontrar e minutos depois com um
sorriso rasgando a rosto em sua vitória abriu a porta e pegou a bicicleta.
A
sua avó era uma felicidade só, poderia morrer naquele instante que a felicidade
havia lhe invadido a alma. Afinal ensinou
ao neto lutar pelos seus sonhos e desejos.
Olá, se você gostou dessa história e quiser contribuir com qualquer quantia eu agradeço. E se não quiser contribuir, tudo bem, espero que tenha gostado. Obrigado.
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Ulisses j. F. Sebrian
Ola Ulisses, vim fazer uma visitinha e agradecer o comentário que vc deixou em meu blog. Gostei tbm do seu e já estou seguindo. Felicidades. Apareça sempre. Hj tem novidades por la,rs. Fica com Deus. Acácia Delamare
ResponderExcluirOla Ulisses. Estive lendo aqui com mais tranquilidades.
ResponderExcluirFico feliz por você ser este escritor cuidadoso com as coisas da vida.
Esta lição. Emociona. Porque realmente me lembro quantas coisas
apreendi com meus avós e a paciência que tinham para explicar.
Grande Abraço
Nossa que historia edificante .
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