Ou seja enxergamos um probleminha onde há um problemão e um problemão onde há um probleminha.
No curso de nossa existência, ou essa nossa vida encontrar-se em momentos de dificuldade
é algo constante e natural pois não há como existirmos sem algum conflito pessoal e social. Porque
simplesmente vivemos em grupos, numa sociedade e não isolado em uma ilha.
Precisamos sempre do outro, amamos sempre o outro, odiamos sempre o outro,
brigamos sempre com o outro. O outro é parte nossa assim como somos parte do
outro. Não há como existir de forma diferente. Tudo bem! Algumas pessoas se
sentem desconfortável em relação ao outro, tentam se isolar em mundos íntimos,
sem conversa e sem dialogo constante com os demais. Mas dificilmente fica o tempo
todo só.
Algum momento do seu dia precisara encontrar o outro ao menos para as
suas necessidades básicas. Comer,
vestir, dirigir, ir ao médico, ir ao cinema, ter relação sexual, e mesmo que
tenha essa relação intima consigo mesmo, estará pensando no outro. Portanto
parte de nossos problemas será sempre o outro, assim como somos parte do
problema do outro. Exemplos simples como ;
Deixar uma meia na sala; Não abaixar a tampa da privada; Jogar lixo na rua;
Passar em sinal fechado ou comprar drogas que alimenta o crime organizado; E votar em políticos corruptos ou não si
importar com o flagelo do demais.
E há também os nossos eu, como ser humano como existência. Estamos sempre querendo o melhor, o mais para nós ou às vezes um mínimo. Um mínimo de atenção, de amor, de carinho. Ou um salário mais digno, condições de trabalho , transporte e educação melhores . E tudo isso é natural. Somos assim e não vai mudar.
E juntando o eu como o outro, estamos sempre
querendo e querendo. E ai vem os nossos problemas.
Onde às vezes enxergamos um rato onde há um elefante, e um elefante onde
há um rato.
Ou seja, fazemos de um probleminha um "problemão" e
de um "problemão" um probleminha.
Queremos fugir às vezes de situações terríveis e
dolorosas e vamos empurrando com a barriga, ignorando e se defendendo achando
que não passa de um ratinho, de um probleminha. Por medo, dor, e alguns casos preguiça e em outros
casos, ignorância e falta de conhecimento de como resolver. E esse ratinho, esse probleminha que enxergamos
na verdade é um elefante que poderá nos esmagar. E uma hora ou outra ele vai esmagar mesmo, é a
sua natureza.
E o
contrário também é verdadeiro. Quando enxergamos um elefante quando há um rato
apenas. Mas ai o perigo é maior, porque ao enxergarmos um elefante onde há um
rato, e persistirmos nisso por anos, estaremos alimentando esse ratinho que poderá
sim se transforma num imenso elefante, ou em alguns casos que já presenciei uma
manada de elefante. E ai não sobreviverá ao seu ataque, e se sobrevivermos
sairemos tão machucados e destroçados que o tempo talvez nos cure.
Em todos os casos, é preciso ser honesto consigno
mesmo e ter um pouco de autoconhecimento. Conhecer os seus sentimentos e
limites assim como o do outro. E encarar um elefante quando for um elefante e
um rato quando for um rato.
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