domingo, 10 de junho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
Feridas.
As feridas em meu coração não dizem apenas
A dor das paixões
As feridas em meu coração me dizem
O quanto fui capaz de amar, apaixonar
De experimentar o sentir
Não deixei de gostar por causa da dor
Não deixei de sofrer por gostar
As feridas de meu coração são prova
de que em minuto algum eu hesite
em gostar em me entregar
Não lamento as feridas de meu coração
Não lamento viver.
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terça-feira, 29 de maio de 2012
Folhas - "Um amor verdadeiro"
“Lá
fora o vento levava folhas velhas caída de árvores se renovando.”
- Entre, por favor!-
disse com um sorriso confortável e usou de seu olhar sensual.
Ele entrou. Sorriso
tímido. Tentando não ver o quanto ela era linda e desejada.
Ela ofereceu uma
bebida. Ele recusou. Café! Ele recusou. Água...
Ela então se aproximou
quase meio centímetro de distância, provocando-o descaradamente. Ele ainda
inibido, sorriu tímido.
- Sr. Jorge. Tá calor
não tá...
- É...
Ela então pegou em sua
mão e a alisou suavemente.
Há muito tempo Jorge
não sentia o carinho de uma mulher... Engoliu a seco. E ela percebeu. Era tudo
o que queria para se livrar do aluguel.
- Sabe seu Jorge eu to
triste, sabia. Não vou poder pagar o senhor esse mês.
Jorge recuou a sua mão
bruscamente.
- Eu sabia...
Samanta desfez toda a
sua áurea sensual.
- Tá bom seu Jorge. Eu
não tenho dinheiro para pagar o aluguel, mas também não posso deixar os meus
filhos sem lar e sem escola. O dinheiro da pensão deles mal da para a
alimentação e roupa e o meu trabalha ainda continua me pagando mal.
- E por isso a
senhora...
- Me prostituiria sim.
Já pedi dinheiro emprestado para Deus e todo mundo. Não tenho mais cara de
pedir dinheiro emprestado. Eu venderia meu corpo sim para alimentar e educar os
meus filhos... Não posso ver eles sem comida e sem escola...
-Nossa...
- O que foi.
- A senhora é uma
mulher de fibra.
- Tenho que ser não
tenho opção. O senhor disse de fibra...
- Sim uma mãe que
venderia o próprio corpo para alimenta e educar os filhos...
- Eu mataria por
eles...
- Nossa... Dona
Samanta. Eu, eu...
- O que seu Jorge...
- Eu tenho problemas
com a minha esposa...
“Ah esses homens” –
pensou Samanta.
- Ela tá doente? –
velha desculpa
-Não! Ela é distante.
Acho que se casou comigo por dinheiro. Olhe para mim, sou baixo magro, não
tenho beleza...
- Que isso seu Jorge,
isso é coisa de sua cabeça.
Jorge coçou a cabeça.
-Não é não. Um homem
sente quando é desejado ou não...
-Sério! Nossa que
coragem do senhor em dizer isso.
- Tenho que dizer que não
tenho opção. Quando a senhora veio para cima de mim, eu pensei que estivesse
afim de mim e não para se salvar do aluguel.
-Ah me desculpa é que
nunca tivemos essa conversa...
-É. Mas tá tudo bem. Deixa
o aluguel. E quando tiver dinheiro você
me paga. Até logo...
- Espera! Vamos tomar
um café.
- A senhora está com
pena de mim!
- Não, eu estou
encantada com a sua coragem.
- É pelo aluguel.
- Não é pelo prazer de
conhecer alguém tão forte em se expor. Eu sempre tive homens truculentos, mas
não me lembro de nenhum com tanta coragem...
Jorge aceitou o café. E
Samanta o serviu com prazer inédito em sua vida. Lá fora o vento levava folhas
velhas caídas de árvores se renovando.
Jorge mais tarde
convidou Samanta para almoçar. Depois foram ao supermercado, e compraram comida
para um mês todo. Todos os dias, agora Jorge almoçava com Samanta. Descobrindo
um o prazer de estar ao lado do outro. E como folhas velhas, já não enxergavam
corpos.
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terça-feira, 15 de maio de 2012
Não apague o menino do menino.
Naquele
final de férias de julho, num frio não muito frio que soprava. A molecada teve
a oportunidade de ir jogar num campo de uma chácara próxima. Nada extravagante,
nem que se poderia dizer. Nossa que estrutura! Era um campo simples, mas com
uma boa grama e era o que bastava.
Deu para forma dois
times completo e alguns de reserva apenas apreciando. Ninguém se importava se
não fosse daquela vez, viria outra. Moleque é assim, tá sempre esperando o
próximo jogo.O jogo se deu, e como todo jogo: Um time
ganhava e outro corria atrás para não perder.
Até que do nada, do
tempo algum que se lembravam Ele apareceu. Parando o jogo tomando a todos de
surpresa no começo e algum medo depois.
Ele também se assustou,
não queria parar o jogo. Não queria acabar com a brincadeira de todos.
Ele estava contente a
principio, mas depois ficou sério, quase que triste. Parou não deu mais passo
algum.
Um silêncio persistiu e
Ele percebeu que teria que ir embora. Virou-se para ir embora...
- Que jogar com a
gente! – gritou um dos meninos sem medo algum percebendo que ele queria jogar.
Menino é assim mesmo sempre sabe quando outro menino quer jogar.
Ele voltou e olhou para
todos ainda olhando para ele.
- Mas eu tenho dois
metros e dez...
- E daí, joga no gol. –
disse um dos meninos.
- Mas já tem goleiro!- disse
Ele, esperançoso.
- Não tem problema eu saio
depois eu jogo. – disse o goleiro de um time.
Ele ficou contente e correu
para o gol.
- Não, não, joga no meu
time... - disse a molecado do outro time.
Pronto começou uma celeuma
para decidir qual dos times Ele jogaria. E Ele nunca se sentiu tão aceito em sua
vida. Acabaram decidindo como todo moleque no par ou impar. E pronto Ele começou
a jogar e se mostrou bom goleiro. Jogou no time que estava perdendo e um empate
parecia mais provável. Ele segurava todas as bolas com a sua altura e destreza.
Ele se chamava Roberto,
tinha 12 anos e sofria a anomalia que o fazia crescer além do que achamos padrão.
E mesmo com dois metros e dez, era um menino que gostava de brincar. E mesmo que na vida viesse a sofrer preconceitos,
nunca iria esquecer aquele jogo e outros que vieram. Dando a ele a alegria de ser
criança e brincar e a todos os demais meninos, a importante sabedoria de que não
se devem apagar os meninos dos meninos. E quando homens, nunca deixar que alguém
“diferente” não participe do jogo se quiser jogar.
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terça-feira, 8 de maio de 2012
Todo problema tem pelo menos 3 soluções.
Temos
sempre o hábito de olhar tudo apenas de um ângulo.
Indo trabalhar a pé em um dia chuvoso me deparei com a situação de que me irritava muito. Era Janeiro e no percurso para o trabalho havia uma poça imensa que a chuva constante alimentava e nunca deixava vazia. E os carros passavam e jogavam águas em que estivesse passando pela calçada lateral.
E por vezes fui premiado com essa água. Eu ficava puto. Xingava os caras e as vezes até mal dizia. – Não é fácil numa segunda feira chuvosa ser molhado por carros em alta velocidade. E se apresentar ao trabalho todo ensopado.
Mas depois vi que tudo pode ser contornado. Eu
tive a opção de ir por outra rua e não ser molhado.
Ou então comprar uma capa de chuva dessas que protegem todo o corpo, já que o guarda-chuva apenas me protege da chuva. Simples não, melhor do que ficar xingando ou ser molhado.
Os carros não podiam parar a sua velocidade. A chuva não podia parar de cair, eu não podia deixar de ir trabalhar.
Depois pedi para a prefeitura recapear os asfalto e tirar a poça o que demorou mais.
Mas a questão é que sempre podemos encontrar três ou mais soluções para um problema, e se desesperar ou se afligir certamente vai criar novos problemas.
O bom senso, a paciência, nos ajudas a compreender a ver soluções onde a gente só quer xingar, ou se desesperar. Fala pra mim! Pra que?
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E por vezes fui premiado com essa água. Eu ficava puto. Xingava os caras e as vezes até mal dizia. – Não é fácil numa segunda feira chuvosa ser molhado por carros em alta velocidade. E se apresentar ao trabalho todo ensopado.
Ou então comprar uma capa de chuva dessas que protegem todo o corpo, já que o guarda-chuva apenas me protege da chuva. Simples não, melhor do que ficar xingando ou ser molhado.
Os carros não podiam parar a sua velocidade. A chuva não podia parar de cair, eu não podia deixar de ir trabalhar.
Depois pedi para a prefeitura recapear os asfalto e tirar a poça o que demorou mais.
Mas a questão é que sempre podemos encontrar três ou mais soluções para um problema, e se desesperar ou se afligir certamente vai criar novos problemas.
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domingo, 6 de maio de 2012
AMOR X PAIXÃO
O velho dilema humano, para o bem ou para o bem.
Basta olharmos para os seus olhos, e ver que algo mais forte que nós nos faz atraímos para o seu mundo. Quase lhe entregamos a alma.
Às
vezes é paixão às vezes não. Mas não é amor.
Perdi parâmetros, referências e o pior de tudo, perdi os meus sonhos. E não pude evitar. Os seus olhos, me atraiam me roubavam para a sua vida. Eu não conseguia viver sem ela e mesmo assim não estava feliz. Deixe de viver, para viver somente para ela.
Foi um tombo gigantesco e que fui me recuperar anos depois e pude ver então o quanto a minha vida, os meus sonhos, a minha alma são preciosos. É minha, e não se entrega a ninguém.
O amor sim ele sabe do valor da alma do amado.
E
quem ama respeita a outra alma porque respeita a própria alma. Respeita os
sonhos do outro porque respeita os próprios sonhos. Respeita o desejo do outro
porque respeita os próprios desejos.
Na verdade essa pessoa
que me roubou a alma era carente e desesperada. Não sabia o que era o amor. Não
era feliz.
E me fez ver que a infelicidade de um ser pode ser tão forte quanto
à felicidade e assim te atrair.
Foi uma lição dura e
cruel, que me fez amadurecer e entender mais da vida. Posso dizer que me
fortaleceu.
Na vida
é inevitável viver.
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Amar.
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