Guardo comigo as cores,
imagens, sabores e aromas, que em determinado momento de minha vida, descobri ou
experimentei e me fizeram bem. Tão bem que trago comigo para onde eu for. Como:
“cheiro de chuva sobre
terra seca” quando por varias vezes eu ficava ao lado de minha mãe meus irmãos
e tia apreciando o momento. A família junta um ao lado do outro.
“O sabor do doce Beijo
de Mulata” que minha tia fazia para nós e novamente a família ali junto,
curtindo aquele momento. Falando de tudo e de todos. Graças a Deus.
Macarronada aos
domingos.
Final de novela das
oito. Em que todos assistiam juntos, só
para criticar no dia seguinte.
Filme de terror, em que
ia assistir na casa de um amigo, e juntos na amizade tremia de medo,
fortalecendo a amizade.
A vinda de um membro
novo para a família, recém-nascido ou casando-se com alguém.
E ai vai, tantas coisas
que levamos boas com a gente. Mesmo quanto os tempos são duros. Esses momentos de
família, juntos sempre com a gente nos da mais alento.
Acho que sempre foi assim.
Agora imaginem nossos antepassados, em cavernas
escuras ao lado de uma fogueira. Mesmo tendo que sair para caçar, e correrem todos
os riscos do mundo exterior ao voltarem para a casa, ops a caverna. A fogueira estava
acessa, os outros estavam ali. Valia o dia.
Vale sempre a imagem o aroma
o sabor que levamos e vamos experimentando outros e outros e outros...
Todos nós temos boas lembranças,
mesmo que ainda escondida dentro de nós. E porque não coleciona-las? E conquistar outras para essa nossa coleção.
Não precisamos só lembrar-se
das coisas ruins que aconteceu em nossa vida. E se não temos boas lembranças, podemos começar
a experimenta-las.