Janaína
estava triste olhando para o nada, para algo distante, algo que se ia algo que
perdeu. Estava debruçada no para peito da janela de seu quarto. A tristeza era
tanta que o Mi o seu gato, se incomodou e foi para a cozinha.
Janaína
parecia ver o fim de tudo se aproximando, algo assustador dolorida de mais,
então fechou os olhos e abriu repentinamente antes que a primeira lágrima
caísse. Ouviu uma voz estridente, sacudindo a tudo.
Era
o seu pai.
-
Filha.
Ela
enxugou as lágrimas rapidamente. E virou-se para ele.
-
Janaína, senta aqui vamos conversar. Eu sei que tá pesado demais. Tudo de uma
vez né.
-Pai...
– Ela não se conteve se desabou nos ombros de seu pai. Chorou por alguns longos
minutos. Minutos que ia esvaziando os sentimentos de dor perda, e rejeição que
haviam se acumulado nos últimos dias.
Há
dois meses, Janaína perdeu a sua mãe num acidente de carro. Há uma semana
terminou com namoro de cinco anos, e ontem foi reprovada num vestibular. Tava
muito pesado para Janaína.
Seu
pai sentia muito por ela, sentia pela perda de esposa. Sentia pelos filhos que
teria que criar. Mas sabia que agora, todos dependeriam muito dele, muito mais
do que até ali foi capaz de se dar. Ele chorou o que tinha que chorar, sentiu a
dor que tinha que sentir. Mas agora para o bem da família não poderia mais se
dar ao luxo de sofrer. Teria que estar sempre em pé, sempre forte para todos. E
não sabia onde, mas de alguma forma descobriu isso dentro de si. Abraçou Janaína demoradamente. E por mais
alguns minutos a deixou chorar, chorar, chorar... Até as lágrimas acabarem
naquele momento. Ele a olhou com carinho
de pai, mas com uma firmeza de vencedor.
-
Ei, eu sei que dói. Mas não a impede de tocar a vida.
-
Pai, eu não to com forças...
-
Eu to aqui. Tenho força para nós dois, mas se entregar a dor não vai te levar
muito longe.
-Eu
não quero ir muito longe. Eu quero a minha vida de dois meses atrás.
-Janaína.
É a vida, Ela é assim. Surpreende-nos sempre. Às vezes está tudo bem.
Derrepente tudo muda. E eu não seria
esse cara que agora te da força se não tivesse passado por tantos dissabores
antes.
-
Não é justo...
-Não
se trata de justiça. Trata-se da vida..E ela se move diferente do que queremos.
Mas eu te garanto, sempre estamos ficando mais fortes, mais vivos, mas admiradores da vida.
-Mas
dói...
-
Sim dói. E vai doer. E não tenha medo de sentir essa dor. Mas não entregue a
ela. Ouça Janaína. A sua mãe estará dentro de nós, não tem volta. O seu
namorado, ah você pode encontrar outro. Acabou o sentimento dele por você, não
é culpa dele. Lembra quando você terminou com o outro e não havia quem a
fizesse ficar com ele? Quanto a
vestibular, estude mais do próximo e estudando mais você terá mais conteúdo
para enfrentar esse e outros vestibulares.
Como vê você pode seguir enfrente apesar dos problemas, do destino, e de
tudo mais. Lá na frente você vai olhar para esse momento e ver o quanto está
mais forte. Mais sabia, mais intima da vida.
-Pode
ser. Mas a gente tem que sofrer para apreender.
-A
gente quer o mais fácil, o menos doloroso sempre. A vida não enxergar assim.
-Entendi.
-Vem,
vamos pegar o seus irmãos e vamos à casa da sua tia. Ela tá dando uma "pizzisada" hoje.
Janaína
sorriu. Não tem jeito à vida continua. Sempre continua.
Olá, se você gostou dessa história e quiser contribuir com qualquer quantia eu agradeço. E se não quiser contribuir, tudo bem, espero que tenha gostado. Obrigado.
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Ulisses j. F. Sebrian