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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Narcotraficantes! Não optei pele morte!

Na vida fazemos escolhas que nos leva ao limite de extremos da sobrevivência. 

A escuridão do caixão ia me sufocando, o ar já me era pouco e minha angustia por estar ali derramou em minha alma, e com os braços e as pernas amarradas sentia a vida quando o carro trepidava na estrada esburacada entrando na Cordilheira. 

A certeza de que era a minha última viagem foi crescendo e dando uma dor dentro do coração, da alma. E com essa dor eu sim senti a vida, o que me desesperou ainda mais.

E o desespero me tomou pelo habito que anos deixara. Eu comecei a rezar. Não rezava por mim, mas rezava por aqueles que eu ia deixar.

E ao lembra nos meus queridos, o desespero me  tomou ainda mais.  
Derrepente raios e trovões, sob o calor e então senti o meu corpo rebater violentamente dentro do caixão, em piruetas como a uma montanha russa com os seus altos e baixos. Nunca imaginei que a morte fosse assim praticamente acrobática. E nesse evento,  senti o caixão que eu estava ser arremessado e com o impacto de uma queda batendo em algo, se espatifou jogando os seus pedaços ao alto e junto eu que era parte daquele caixão foi arremessado por entre árvores e galhos.

Foi uma dor terrível, mas eu não estava preocupado com isso. Vi novamente a luz, o ar entrava pelas minhas narinas. E que bom eu estava vivo, todo quebrado, mas vivo.

Eu me perguntei se era o paraíso ou o inferno.  

Eram as matas da Bolívia. Então amarrado aos pés e mãos me levantei, e vi que o veículo que me levava naquele caixão capotou, deixando um rastro ribanceira abaixo, com dois corpos estraçalhados e alguns inteiros.

Eram os malditos homens de Erquila, o capitão do cartel de cocaína daquelas bandas. E certamente iriam me apresentar a ele e me “sepultar vivo”. Mas como a um milagre dos milagres, o caixão que definiria a minha morte, me deu a vida. E com dor e talvez uma perna fraturada eu estava vivo.

Mas os homens de Erquila, não irão deixar de cumprir o que ele pediu. Pagariam com a morte se não fizessem. Então no alto da ribanceira, outro carro que vinha atrás despejou alguns homens armados, que desciam com desespero para ver se eu estava morto.

E como a vida havia me dado outra chance me esforce para merecer. Com dificuldades comecei a esfregar uma das cordas numa pedra próxima até ela se romper, depois com desespero desamarrei os pés  e comecei a correr. A ribanceira é de difícil acesso, mas os homens de Erquila cumpriram a sua missão.

Comecei a correr, e alguns homens me viram. Atiraram como se eu fosse um servo. Queria a minha carne. A abençoada floresta me ajudava a se esquivar, mas os tiros cortavam as arvores. 

A floresta sabia que o mal estava agindo, ela silenciou-se. Talvez para assistir o espetáculo de caça e caçador, ou por que é evoluída demais para se meter em assuntos humanos.  

Ao longe entre os tiros e os gritos daqueles demônios pude ouvir o barulho de um rio, águas densas turvas e fortes. Era a vida me chamando novamente.

Os demônios de Erquila aproximavam-se cada vez mais e novamente então a morte pareceu me  ganhar.

Escondi-me numa rocha imensa, enquanto eles passavam por mim. 

E os malditos foram em direção ao rio.  Agora eu estava atrás deles, e fiquei esperando pelo silêncio. Os tiros cessaram. Certamente se tratava de uma armadilha daqueles putos. Mas o medo de que eles voltassem e  me pegassem  se expandiu e não pude controlar. Sai correndo em direção ao rio, e  se saber do tamanho desse rio, me joguei sobre as suas águas. Elas me salvariam. Somente elas.

E enquanto as águas me levavam, pude ver alguns dos homens de Erquila nas margens me procurando e ao me procura estavam desesperadamente salvando as suas vidas.

A floresta assistia tudo.

As águas benditas do rio iam me curando. Eram corredeiras não muito bravas, mas que me protegiam. Eu sei nadar, cresci nesses rios e florestas. E mais adiante com a água calma, toquei a margem e segui o curso do rio me levando a uma vila pequena.

Certamente território de Erquila, dali, seguiu pela mata e pela margem até a divisa com o Brasil. Foram dias e noites, em que eu comia verme e frutas coletada na mata, às vezes em alguma propriedade rural. 

Às vezes pensava que era uma benção, outras que nem o inferno seria assim. E ao entrar no território brasileiro com clandestino, não temia ser preso. 

No narcotráfico eu estive sempre preso. E o que seria uma prisão!  Quatro paredes ou a violência de não poder respirar e ver a vida.

Agora eu ia para São Paulo, encontrar minha mulher que mandei há meses, trabalhar com seus parentes em confecções de Coreanos. Talvez fosse outra prisão, mas eu estava livre agora pra escolhe a minha prisão. Não prisão que o narcotráfico me impôs, desde o doze anos quando me roubaram de minha família que nunca mais eu vi ou soube.

Agora eu ia para família que crie. E livre por não ter matado três meninos que Erquila ordenou   e  que por não ter matados eles  o entregaram para a policia um deposito de pasta de coca. Prejuízo imperdoável aos cofres de Erquila.

Eu não podia mais matar meninos como ele queria. A vida agora me dera uma mulher que estava esperando um filho meu. E isso ressuscitou a  força em mim em ter uma família.

Eu  não via hora de chegar a São Paulo e ver o meu garoto.

A vida  me pareceu agora com horizontes.  Que reze a vida.



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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Rehab O precioso bem da vida.


Eu sei que é um assunto recorrente e pesado. Mas nesse começo de ano, precismos começar a pensar nessa pandemia. 

O canal National Geographic, esta apresentando essa semana uma série de reportagens sobre as drogas. Drogas S.A.

E que revela do produtor, distribuidor e consumidor todas as etapas das drogas, no mundo e principalmente nos EUA. 

Drogas como as tradicionais, haxixe, cocaína, maconha, e as mais recentes e devastadoras, metanfetamina.

Mas o que me chamou a atenção e o fato dos estudos recentes de universidades dos EUA, Holanda e Reino Unido, revelarem as causas da droga mais aceita. A Maconha. Também conhecida como droga da paz, do bem
Do Bem?
Estudos revelam que se você começar a fumar maconha aos 15 anos de idade tem 4,5 vezes mais chance de se tornar psicótico aos 27 anos.

Além de impotência sexual a partir do 40 anos, esquizofrenia e depressão antes dos 30 anos. A fumaça da maconha tem 70 substancias a mais do que o tabaco que podem causar câncer.

Os estudos estão revelando mais dados, ainda não conclusivo.
Mas com esses dados, foram suficientes para o governo Holandês começar a rever a sua política de liberação das drogas. Haxixe entre elas.

As drogas no planeta matam milhares de pessoas, sejam no trafico ou no consumo.
A pergunta é se droga é bom, porque tantas pessoas querem deixar e procuram ajuda.

Anos atrás o conceito do cigarro era de status. As atrizes de Hollywood fumavam como prova de pessoas independentes e chique. Depois se descobriu o contrário e o mundo passou a se preocupar com isso. Mudança cultural.

Mas  como evitar que os filhos, entrem nessa. Difícil não é mesmo!
O que pude perceber é que as pessoas que buscam as drogas em sua maioria  além do prazer que ela causa, parecem não se importarem com as informações que se tem sobre elas.  Ou em alguns casos, pessoas que estão perdidas nessa experiência que é existir.

A ciência ainda não sabe como resolver esse problema é preciso muita pesquisa. Mas acho que em tudo nessa vida, a informação passada pelos pais e professores acrescenta um tijolo nessa luta. 

Assim como sempre fortalecer o caráter de cada individuou. Creio que um cara com  sabedoria e personalidade, e objetivos na vida, não entraria nas drogas. Enfrentar os medos e as frustrações e os dissabores do cotidiano sempre ira nos blindar das armadilhas da vida. Quem sabe não desvie dos caminhos das drogas ou lance uma rede para resgatar.

Conhecia uma pessoa que fumava por ser gorda e não aceitar que a idade esta passando.

Deixou de fumar assim que viu que o mundo dos magros não tinha nada a  ver com o seu e que a idade passa para todos, simplesmente temos que aproveitar cada etapa da vida. Ela esta mais feliz, mais magra e mais disposta.

Achar o seu lugar no mundo talvez seja essa a sabedoria para  todos, dependentes químicos ou não.

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