Parar o veiculo foi à solução sensata que Pedro encontrou
naquele momento. No curso da estrada a noite ficou estranhamente mais escura, e
como um bônus a mais do destino, a bateria de seu carro arriou. Nem mesmo os faróis
estavam ao seu lado, assim como a luz que resolveu esconder-se por detrás das
nuvens densas que vinda do sul trazia um resto de frio que a Antártida sopra
para o continente. E assim tudo se fez treva.
Talvez a escuridão que merecia talvez a escuridão
que o testava. Talvez a escuridão de alguma razão que não conhecemos ainda e
que se faz em um determinado momento de nossa vida, de nosso caminho no destino
que é viver.
Talvez uma escuridão para reencontrar a luz?
Pedro Deixou o conforto do veiculo e sua segurança.
Poderia ficar ali e esperar amanhecer. O dia em nossas vidas sempre vem, sempre
chega.
Mas esperar não é coisa de Pedro e ficar ali
certamente o impediria de enfrentar aquela escuridão, de se meter a enfrentar
com todos os medos e perigos. E
enfrentar aquela escuridão o atraia, o atraia de forma a desafiar os seus desafios,
desafiar o que teme. E desafiar sempre foi o prato predileto em sua vida.
Caminhou então, atento a todos os movimentos da
estrada. Caminho com cuidado a todos os buracos que a noite esconde. Caminhou
atento a todos os barulhos e sentimentos que a escuridão nos traz. Sim estava com medo, com sensatez, e com o
tempo na escuridão os olhos vão se acostumando e vendo mais do que via antes,
assim como o medo que vai se tornando coerência.
Não é uma jornada fácil. E Pedro se lembrou de seus
entes queridos. Deveria voltar para o carro, mas já estava mais longe. Enxergava
melhor no escuro. Por alguns segundos pensou ver algum, outros parou e olhou
para o lado, algo parecia se mover. Arvores escura apareciam agora animais da
noite. E lá no fundo no céu alguma luz da lua clareava nuvens.
Caminhou mais. Deveria ser mais ousado em sua vida,
assim como era ali caminhado na escuridão. Deveria ser mais dono de seus
sentimentos, como dominou o seu medo ali na escuridão, deveria ser mais ele
como foi até ali. Porque todos os medos, não passam de medos apenas.
... Agora respirava mais tranquilo, pisa mais firme
com cuidado, mas mais firme. Enfrentou a escuridão, o medo, e lá na frente uma
luz de um posto de beira de estrada. Era uma luz, mas era uma esperança. Chegou
até ele, comprou agua e café e esperou amanhecer para ligar para o resgate e vir
salvar o seu veiculo. Pedro se sentiu estranhamente salvo. Se roubassem o
veiculo, foda-se, era apenas um carro. E ele, Pedro, após caminhar na escuridão
havia descoberto o quanto era capaz de enfrentar as escuridões do destino.
Sentou-se e viu o sol chegar logo de manhã onde as
nuvens passavam lentamente. Era um brilho diferente, um brilho de poder.
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Ulisses j. F. Sebrian