Ninguém está acima do dinheiro, todos somos seres humanos, mesmo nossos mundos sendo distantes, o destino sabe nos fazer encontrar.
Estela estava se sentindo bem naquela manhã. Já podia andar sem a maldita “gaiola” de parafusos em seu pé. E mesmo que caminhasse com dificuldade isso não a impedia de sentir o prazer de romper o vento. Era prazeroso demais. Mas o que queria mesmo era descobrir quem era esse Dr. Jonas. Um homem misterioso a qual Estela não sabia o porquê ainda, mas num ato de gentileza e extrema humanidade o fez pagar todo o tratamento no hospital mais capacitado da cidade.
E desde que saiu do hospital há seis meses, e ainda fazendo todo o tratamento para sua reabilitação, passou a procurar por esse homem misterioso. Há duas semanas o encontrou e depois de tanto insistir em telefonemas Dr. Jonas concordou em recebe - lá.
Era uma mansão, na zona sul da cidade. Seguranças armados e um imenso jardim muito bem cuidado onde esculturas de artistas dividiam a beleza do lugar. Estela foi acompanhada por um secretário até o gabinete do Dr. Jonas.
Lá estava ele, sério concentrado a olha-lá. Era um homem bonito em seus sessenta anos. Sentado firme em sua cadeira atrás da mesa, rodeado de milhões em obra de arte.
Pediu a Estela para se sentar.
E manteve a distância.
- Por favor, seja breve. –
disse ele secamente.
Estela sentiu a distância de Dr. Jonas e seu aparente desprezo por
ela.
Para Estela, não podia ser o mesmo homem que gentilmente pagou-lhe o
tratamento.
- Bem primeiramente eu
gostaria de agradecer por ter pago todo o meu tratamento.
Ele permaneceu em seu silêncio apenas olhando-a.
- Foi um tratamento caro que
me ajudou muito! - ela insistiu.
- Bem se for só isso. Eu aceito o seu agradecer. Agora por favor...
- Bem se for só isso. Eu aceito o seu agradecer. Agora por favor...
- Mas porque fez isso! – perguntou Estela, interrompendo-o, e
não suportando mais segurar a sua curiosidade. – Eu perguntou, porque o senhor não é meu parente,
não é amigo de minha família, nem teve nada a ver com o meu atropelamento.
Porque então!
Dr. Jonas desfez o seu ar
seguro.
- Combinamos por telefone que
seria apenas um agradecer pessoalmente. Você poderia ter me agradecido por
telefone. Na verdade eu não sei por que o hospital foi ter informar sobre mim.
- Eu preciso saber. O senhor
parece um homem tão ocupado, tão frio e mesmo assim...
- Bem você já me agradeceu
agora pode ir. Por favor.
Estela viu que não tiraria nada daquele homem se levantou e se foi. Ao
chegar a porta o Dr. Jonas a viu mancando ainda.
- Espere. Ainda dói a sua
perna.
- Sim, mas o tratamento está
dando resultado.
- Ótimo.
Ficaram em silêncio. Estela na porta e Dr. Jonas na porta.
- Eu não sei porque te ajudei. – disse Dr.
Jonas, percebendo que devia uma resposta a Estela.
Estela voltou e se sentou a frente de Dr. Jonas.
- Naquela noite eu fui ao hospital acertar a compra de um terreno no interior do
estado que pertence ao dono do hospital e por uma série de razões tivemos que fechar a
venda lá hospital. E enquanto esperava o dono do hospital, vi a maca com você
passar. Eu estava acordando um negocio de milhões e te ver na maca sofrendo me
causou um breve momento de olhar para o
outro, para algo mais do dia a dia como socorrer alguém, do que para os milhões
que todos os dias trato.
Como você sabe nunca nos conhecemos nem sei que são os seus familiares. Mas isso não me importou no momento.
Como você sabe nunca nos conhecemos nem sei que são os seus familiares. Mas isso não me importou no momento.
Estela sorriu levemente.
- Confesso que foi um sentimento desconfortante depois. Não nunca foi do ar de minha vida ajudar pessoas que não conheço. E as que conheço são tão ricas como eu que nunca precisam de ajuda financeira. E o ato de te ajudar me fez pensar se estou realmente certo ou errado. E isso confesso foi desconfortável.
- Confesso que foi um sentimento desconfortante depois. Não nunca foi do ar de minha vida ajudar pessoas que não conheço. E as que conheço são tão ricas como eu que nunca precisam de ajuda financeira. E o ato de te ajudar me fez pensar se estou realmente certo ou errado. E isso confesso foi desconfortável.
- Eu confesso que esperava encontrar uma pessoa mais
caridosa.
- Não entendo isso de dar aos
outros. Sempre apreendi que cada um tem que
buscar o seu. Mas confesso que pela primeira vez nessa vida, eu ouvi um muito
obrigado tão sincero como o seu .
Estela sorriu.
- As pessoas que conheço não dizem
muito obrigado. – disse Dr. Jonas. - Não
vivo num mundo onde as pessoas precisam do dinheiro das outras.Quanto aos meus
funcionários, apenas cumprem ordens. O seu muito obrigado me fez lembrar algo que não tenho em minha vida.
- Sabe
de uma coisa! Eu nunca senti dizer um muito obrigado tão sincero quanto eu te
disse.
Dr. Jonas se surpreendeu!
Estela prosseguiu
- Eu vivo num mundo que as pessoas precisam muito do dinheiro e da ajuda uma das outras, emprestando, roubando, vendendo. E toda vez que você diz obrigado, para alguém você diz com certo receio e esperando sinceramente que seja a última vez que empreste o dinheiro desse cara. Ou venda um pouco do que não tem. Também é essa a minha primeira vez que digo muito obrigado sinceramente.
Dr. Jonas se surpreendeu!
Estela prosseguiu
- Eu vivo num mundo que as pessoas precisam muito do dinheiro e da ajuda uma das outras, emprestando, roubando, vendendo. E toda vez que você diz obrigado, para alguém você diz com certo receio e esperando sinceramente que seja a última vez que empreste o dinheiro desse cara. Ou venda um pouco do que não tem. Também é essa a minha primeira vez que digo muito obrigado sinceramente.
Dr. Jonas sorriu.
- Nossos mundos. Aceita um café.
- Sim.
Não podendo evitar o mundo de cada um, não evitaram a amizade que
procuraram não inflamar.
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